quinta-feira, 22 de julho de 2010

O AMOR

Deus como Pai é Sabedoria. Deus como Mãe é Amor.
Deus como Pai reside no olho da Sabedoria. O olho da Sabedoria se acha situado no entrecenho.
Sabedoria e Amor são as duas colunas torais da Grande Loja Branca.
Amar, quão belo é amar. Só as grandes almas podem e sabem amar. O amor é ternura infinita... O amor é vida que palpita em cada átomo, como palpita em cada Sol.
O Amor não se pode definir, porque é a Divina Mãe do Mundo; é aquilo que advém a nós quando estamos realmente enamorados.
O amor é sentido no fundo do coração, é uma vivência deliciosa, um fogo que consome; é vinho divino, delírio para quem o bebe. Um simples lencinho perfumado, uma carta, uma flor, promovem no fundo da alma tremendas inquietudes íntimas, êxtases exóticos, voluptuosidade inefável.
Ninguém jamais pôde definir o amor; tem-se que vivê-lo, tem-se que senti-lo. Só os grandes enamorados sabem realmente o que é isso que se chama Amor.
O Matrimônio Perfeito é a união de dois seres que verdadeiramente sabem amar.
Para que haja verdadeiramente amor, é preciso que o homem e a mulher se adorem em todos os sete Grandes Planos Cósmicos.
Para que haja amor, é necessário que exista uma verdadeira comunhão de almas nas três esferas de pensamento, sentimento e vontade.
Quando os dois seres vibram afins em seus pensamentos, sentimentos e volições, então o Matrimônio Perfeito realiza-se nos sete planos de consciência cósmica.
Há pessoas que estão casadas nos planos físico e etérico, porém não o estão no plano astral. Outras, acham-se casadas nos planos físico, etérico e astral, mas não o estão no plano mental; cada um pensa a seu modo, a mulher tem uma religião e o homem outra, não estão de acordo no que pensam, etc, etc.
Existem matrimônios afins nos mundos do pensamento e do sentimento, porém, absolutamente opostos no mundo da vontade. Constantemente ocorrem choques entre o casal, não são felizes.
O Matrimônio Perfeito deve efetuar-se nos sete planos de consciência cósmica. Há matrimônios que nem sequer chegam ao plano astral. Nesses casos não existe sequer a atração sexual, esses são verdadeiros fracassos. Este é o tipo de casamento que se fundamenta exclusivamente na fórmula matrimonial.
Algumas pessoas vivem a vida de casadas no plano físico com determinado cônjuge e no plano mental vivem com outro diferente. Raramente encontramos na vida um Matrimônio Perfeito. Para que haja amor, é necessário existir afinidade de pensamentos, sentimentos e vontades.
Onde existe o cálculo aritmético, não há amor. Infelizmente, na vida moderna o amor cheira à conta de banco, mercadorias e celulóide. Naqueles lares onde só existem somas e subtrações, não existe amor. Quando o amor sai do coração, dificilmente regressa. O amor é um menino muito esquivo.
O matrimonio que se realiza sem amor, fundamentado unicamente em interesses econômicos ou sociais é, realmente, um pecado contra o espírito santo. Matrimônios desse tipo fracassam inevitavelmente. Os enamorados confundem muitas vezes o desejo com o amor, e o pior é que se casam, acreditando estarem enamorados. Consumado o ato sexual, satisfeita a paixão carnal, vem então o desencanto, resta a terrível realidade.
Os enamorados devem auto-analisar-se antes de se casarem, para saberem se realmente estão enamorados. A paixão se confunde facilmente com o amor. O amor e o desejo são absolutamente opostos. Quem está verdadeiramente enamorado, é capaz de dar até a última gota de seu sangue pelo ser adorado. Examina-te antes de te casares. És capaz de dar até a última gota de sangue pelo ser que adoras? Serias capaz de dar tua vida para que o ser adorado vivesse? Reflete e medita...
Existe verdadeira afinidade de pensamentos, sentimentos e vontades com o ser que adoras? Lembra-te que, se essa afinidade completa não existe, o teu casamento, ao invés de ser um céu, será um verdadeiro inferno. Não te deixes levar pelo desejo. Mata não só o desejo, mas até a própria sombra da árvore tentadora do desejo.
O amor começa com um relâmpago de simpatia deliciosa, substancializa-se com ternura infinita e sintetiza-se em suprema adoração.
Um Matrimônio Perfeito é a união de dois seres que se adoram de forma absoluta. No amor não existem planos, nem contas de banco. Se estás fazendo planos e cálculos, é porque não estás enamorado.
Reflete antes de dar o grande passo. Estás realmente enamorado? Cuida-te da ilusão do desejo. Recorda que a chama do desejo consome a vida e fica então a tremenda realidade da morte.
Contempla os olhos do ser que adoras, perde-te na felicidade das suas pupilas, porém, se queres ser feliz, não te deixes levar pelo desejo.
Homem enamorado, não confundas o amor com a paixão. Auto-analisa-te profundamente. É urgente saber se ela te pertence em espírito. É necessário saber se tens completa afinidade com ela nos três mundos de pensamento, sentimento e vontade.
O adultério é o resultado cruel da falta de amor. A mulher verdadeiramente enamorada preferiria a morte ao adultério. O homem que adultera não está enamorado.
O amor é terrivelmente divino. A Bendita Deusa Mãe do Mundo é isso que se chama Amor.
Com o fogo terrível do amor podemos transformar-nos em Deuses para penetrarmos cheios de majestade no Anfiteatro da Ciência Cósmica.

sábado, 17 de julho de 2010

COM A PALAVRA.

Comunicação é um fator
De independência e equidade
O estudante e o trabalhador
Precisam da sociedade
O portador de deficiência tem valor
E necessita duma entidade.

Discutir é preciso
A causa não pode ficar parada
Leis e decretos afirmam isto:
“Toda deficiência é amparada”
Com paz, amor e um sorriso.
Faremos gol nesta jogada.

É lucrativo empreender
Ouça bem o que eu digo:
Você não vai se arrepender
Se confiar no seu amigo.
Invista em gente com vontade de aprender
Porque a ineficiência é um mito.

“Quem não se comunica se trumbica”
A vida prática nos tem mostrado
Para sermos bem-sucedidos na vida
Trabalhemos com cuidado,
Exigência de direitos é obtida
Por meio de sensibilização e um povo bem-informado.

Apesar do preconceito
Causador de muita intriga
Houve sempre um pioneiro
Pra pacificar a briga.
De janeiro a janeiro
A animação é nossa amiga.

TV, rádio, revista e jornal
Depende a obra desse setor
A assistência social
Precisa estar ao dispor
Promover motivação nacional
Combatendo tanto o efeito como o fator.

Conscientização do acesso
A saúde e educação
Precisa ser levada a sério
Dentro de cada coração
Ressuscitado o lema velho:
“Inclusão social sim, educacional não”!

Enfrentar a realidade
Sempre ajudou no desenvolvimento de nossa espécie
A diferença existe de verdade,
Porém todo mundo merece
Conservar sua identidade
Com liberdade o ser humano cresce.

Força é insubstituível
Pra se manter de pé
Vencer só será possível
Através de esperança e fé
Ganhar o jogo será difícil
Sem o primeiro pontapé.

Agora me despeço
Solicitando vossa atenção
Mobilização peço
Em torno da situação
Atingindo o alvo certo
Faremos revolução.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A BUSCA DA SEGURANÇA

Quando os pintinhos sentem medo, escondem-se debaixo das asas amorosas da galinha em busca de segurança. A criança assustada corre em busca de sua mãe, porque, junto a ela, se sente segura. Fica, portanto, demonstrado que o medo e a busca de segurança estão sempre intimamente associados. O homem que teme ser assaltado por bandidos busca segurança em seu revólver. O país que teme ser atacado por outro comprará canhões, aviões, navios de guerra, armará exércitos e se porá em pé de guerra.


MUITA GENTE QUE NÃO SABE TRABALHAR, ATERRORIZADA DIANTE DA MISÉRIA, BUSCA SEGURANÇA NO DELITO E SE TORNA LADRÃO, ASSALTANTE, ETC. MUITAS MULHERES, POR FALTA DE INTELIGÊNCIA, ASSUSTADAS DIANTE DA POSSIBILIDADE DA MISÉRIA, CONVERTEM-SE EM PROSTITUTAS.

O homem ciumento teme perder sua mulher e busca segurança na arma; mata e depois, é claro, vai parar na cadeia. A mulher ciumenta mata sua rival ou seu marido e assim se converte em assassina. Ela teme perder o marido e, querendo segurá-lo, mata a outra ou resolve matar o marido. O proprietário temeroso de que o inquilino não pague o aluguel da casa exige contratos, fiadores, depósitos, etc., querendo assim se assegurar; e se uma viúva pobre e cheia de filhos não pode preencher tão tremendos requisitos, e se todos os proprietários de casas de uma cidade pedem a mesma coisa, a infeliz terá de ir dormir com seus filhos na rua ou em algum parque.

Todas as guerras tiveram sua origem no medo. As gestapos, as torturas, os campos de concentração, as Sibérias, as espantosas prisões, os exílios, trabalhos forçados, fuzilamentos, etc, têm sua origem no medo. As nações atacam outras nações por medo, buscam segurança na violência. Crêem que matando, invadindo, etc., poderão fazer-se seguras, fortes e poderosas. Nos escritórios das polícias secretas, de contra-espionagem, etc., tanto no leste como no oeste, se torturam os espiões, se os teme, querem fazê-los confessar com o propósito de tornar o estado mais seguro. Todos os delitos, todas as guerras, todos os crimes têm sua origem no medo e na busca de segurança. Em outros tempos, havia sinceridade entre as pessoas. Hoje, o medo e a busca de segurança acabaram com a maravilhosa fragrância da sinceridade. O amigo desconfia do amigo, pois teme que este o roube, o engane, o explore, etc. Até existem máximas estúpidas e perversas como esta: “nunca dês as costas ao teu melhor amigo”. Os hitlerianos diziam que esta máxima era de ouro. Ora, se o amigo teme o amigo e até usa máximas para se proteger, já não há sinceridade entre os amigos. O medo e a busca de segurança acabaram com a deliciosa fragrância da sinceridade.

Fidel Castro em Cuba fuzilou milhares de cidadãos, temeroso de que acabassem com ele. Castro busca segurança fuzilando. Crê que assim se manterá seguro. Stalin, o perverso e sanguinário Stalin, empesteou a Rússia com seus sangrentos expurgos. Esta era a sua maneira de procurar segurança. Hitler organizou a Gestapo, a terrível Gestapo, para segurança do estado. Não resta dúvida de que temia que o derrubassem e por isso fundou-a. Todas as amarguras deste mundo têm origem no medo e na busca de segurança.

Os professores e professoras de escola devem ensinar aos alunos e alunas a virtude da coragem. É lamentável encher os meninos e meninas de temor, começando no próprio lar. Os meninos e meninas são ameaçados, intimidados, atemorizados, levam pauladas, etc. Os pais de família e os professores costumam atemorizar as crianças e os jovens com o propósito de fazê-los estudar. Geralmente, se diz às crianças e aos jovens que, se não estudarem, terão de pedir esmola, de vagar famintos pelas ruas, de exercer trabalhos muito humildes como engraxar sapatos, carregar fardos, vender jornais, trabalhar no arado, etc. como se trabalhar fosse um delito. No fundo, atrás de todas estas palavras dos pais e dos professores, está o medo pelo filho e a busca de segurança para o filho. O grave de tudo isto que estamos dizendo é que a criança e o jovem ficam complexados, enchem-se de temor e, mais tarde na vida prática, serão sujeitos cheios de medo. Os pais de família e professores que têm o mau gosto de assustar os meninos e meninas, os jovens e as senhoritas, de forma inconsciente os estão encaminhando para o caminho do delito, pois, como já dissemos, todo delito tem sua origem no medo e na busca de segurança.

Hoje em dia, o medo e a busca de segurança converteram o planeta Terra num espantoso inferno. Todo mundo teme. Todo mundo quer segurança. Em outros tempos, podia-se viajar livremente. Agora, as fronteiras estão cheias de guardas armados, que exigem passaportes e atestados de todo tipo para se ter o direito de passar de um país a outro. Tudo isso é o resultado do medo e da busca de segurança. Teme-se o que viaja, teme-se quem chega e busca-se segurança em passaportes e papéis de todo tipo. Os professores de escolas, colégios e universidades devem compreender o horror de tudo isso e cooperar para o bem do mundo, sabendo como educar as novas gerações: ensinando-lhes o caminho da coragem autêntica. É urgente ensinar às novas gerações a não temer e a não buscar segurança em nada nem ninguém. É indispensável que todo indivíduo aprenda a confiar mais em si mesmo. O medo e a busca de segurança são terríveis fraquezas que converteram a vida num espantoso inferno.

Por todas as partes abundam os covardes, os medrosos, os fracos, que andam sempre em busca de segurança. Teme-se a vida, teme-se a morte, teme-se o que dirão, o diz que disse, teme-se perder a posição social, a posição política, o prestígio, o dinheiro, a bela casa, a bonita mulher, o bom marido, o emprego, o negócio, a loja, os móveis, o carro, etc. Teme-se a tudo e por todas as partes abundam os covardes, os fracos, os medrosos, etc. Mas ninguém se julga covarde; todos se presumem fortes, valentes, etc. Em todas as categorias sociais, há milhares e milhões de interesses que se temem perder e, por isso, todo mundo busca seguranças que, por força de se fazerem cada vez mais e mais complexas, tornam, de fato, a vida cada vez mais complicada, cada vez mais difícil, cada vez mais amarga, cruel e impiedosa.

Todas as fofocas, todas as calúnias, as intrigas, etc., têm sua origem no medo e na busca de segurança. Para não perder a fortuna, a posição, o prestígio, o poder, etc., propagam-se as calúnias e as intrigas. Assassina-se e paga-se para que se assassine em segredo. Os poderosos da terra até dão-se ao luxo de terem assassinos contratados e muito bem pagos, com o asqueroso propósito de eliminar todo aquele que ameace os eclipsar. Eles amam o poder pelo próprio poder e o asseguram à base de dinheiro e muito sangue. Os jornais constantemente estão dando notícias de inúmeros casos de suicídio. Muitos julgam que quem se suicida é um valente, mas, na realidade, quem se suicida é um covarde que tem medo da vida e que busca segurança nos descarnados braços da morte. Alguns heróis de guerra foram conhecidos como pessoas fracas e covardes, mas seu terror foi tão espantoso quando se viram cara a cara com a morte que se tornaram terríveis feras buscando segurança para sua vida, fazendo um esforço supremo contra a morte. Então, foram declarados heróis. Costuma-se confundir o medo com a coragem. Quem se suicida parece muito valente e quem carrega uma arma também parece ser muito valente, mas, na realidade, os suicidas e os pistoleiros são bastante covardes. Quem não tem medo da vida não se suicida. Quem não tem medo de ninguém não carrega uma pistola na cintura. É urgente que os professores e professoras ensinem aos cidadãos de forma clara e precisa o que é a coragem de verdade e o que é o medo. O medo e a busca de segurança converteram o mundo em um espantoso inferno.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

LIÇÃO DE VIDA

Conta certa lenda que estavam duas crianças patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou, e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:



__ Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!


Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:


__ Eu sei como ele conseguiu.


Todos perguntaram:


__ Pode nos dizer como?!


__ É simples, respondeu o velho... Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.

O ENTALHADOR

Khing, o mestre entalhador, fez uma armação para sinos.



De madeira preciosa. Quando terminou,


Todos que aquilo viram ficaram surpresos.


Disseram


Que deveria ser obra dos espíritos.


O Príncipe de Lu disse ao mestre entalhador:


“Qual é o seu seu segredo?”






Khing respondeu: Sou apenas operário:


Não tenho segredos. Há só isso:


Quando comecei a pensar no trabalho que me ordenaste


Protegi meu espírito, não o desperdicei


Em ninharias, que não vinham ao caso.






Jejuei, a fim de pôr


Meu coração em repouso.


Depois de jejuar três dias,


Esqueci-me do lucro e do sucesso.


Depois de cinco dias


Esqueci-me do louvor e das críticas.


Depois de sete dias


Esqueci-me do meu corpo


Com rodos os seus membros.






Nesta época, rodo pensamento de Vossa Alteza


E da corte se evanescera.


Tudo aquilo que me distraía do trabalho


Desaparecera.


Eu me recolhera ao único pensamento


Da armação do sino.






Depois, fui à floresta


Ver as árvores em sua própria condição natural.


Quando a árvore certa apareceu a meus olhos,


A armação do sino também apareceu, nitidamente,


Sem qualquer dúvida.


Tudo o que tinha a fazer era esticar a mão


E começar.






Se eu não houvesse encontrado esta determinada árvore


Não haveria


Qualquer armação para o sino.






O que aconteceu?


Meu próprio pensamento unificado


Encontrou o potencial escondido na madeira;


Deste encontro ao vivo surgiu a obra


Que você atribui aos espíritos.