segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Esboço do Capítulo V do Livro Max Weber – Um Perfil Intelectual

Introdução

A seguir se faz uma tentativa de resumir idéias valiosas a partir do pensamento weberiano. Mostrou ser notoriamente intrigante (e complicada) a grande civilização chinesa, distinguindo-se das outras culturas.
Atualmente, fala-se exaustivamente nas proporções econômicas: PIB, força de trabalho,... Mas, seria inconcebível ignorar um povo com tradições milenares; sua história contribuiu decisivamente para nosso progresso.

Desenvolvimento

• Cidades – não possuíam grau muito elevado de autonomia.
• Patrimonialismo – um breve passeio circunstancial social: são mencionados alguns setores.
• Organização Religiosa – ausência de profecias. O culto principal era estatal.
• História Antiga – enfoque na evolução rumo ao império devidamente organizado.
• O Governo Dinástico e a Estrutura Social – consideração sobre administração, estrutura sócio-econômica e posse de direitos.
• Os Eruditos e a Ortodoxia Confuciana – os papéis religiosos: o poder deriva das aptidões.
• Culto de Estado e Religiosidade Popular – buscou-se ponderar as interações, contornando causas e efeitos.
• Confucionismo e Puritanismo – contrastes entre as duas espécies de racionalismo.

Conclusão

Diante das reflexões desenvolvidas textualmente, depreende-se cândida objetividade. Vale salientar adicionalmente que o debate ultrapassa toda e qualquer fronteira, ora, discorrer indefinidamente (inclusive acrescentando tópicos) é bem possível. Essa liberdade há de ser seguida e aplicada num instante conveniente.



XAMÃS: CAMPEÕES DA PLURALIDADE

Componente de uma estrutura sacerdotal primitiva, ele está na fronteira entre religião e ciência. A seguir orientações sobrenaturais, o xamã exerce intensa influência sobretudo quanto aos tungues. Trataremos brevemente de alguns aspectos xamãnicos.

“Aquele que enxerga no escuro” – eis uma definição literal e, simultaneamente, simbólica. Para adeptos do xamanismo existem forças naturalmente poderosas nos animais, vegetais e minerais. Tal parecer proporciona necessidade especial de liderança. Apenas será aclamado Líder Espiritual alguém virtuoso, portando ‘aliados’ entre a natureza e o além, disputando auxílios ritualísticos reservados. No entanto, há controvérsia conceitual irredutível (os especialistas não entram em consenso): alguns utilizam o termo “curandeiro” para indicar as práticas terapêuticas; outros optam pela palavra “adivinho” visto que o papel do guia inclui prescrever conhecimentos desconhecidos pela comunidade; ainda há quem prefira “conselheiro”, objetivando demonstrar uma atuação ‘política’ favorável à sociedade.

Ora, desconsiderada a discórdia, o fato é que o xamã incorpora inúmeras atribuições, encerra em si mesmo múltiplas almas.

A BIPARTIÇÃO E O QUE SOMOS

Existem em cada grau do desenvolvimento humano dicotomias sobrepostas. Isso se explica com uma analogia às criaturas inferiores (seu mecanismo perpetuador) e serve de suporte para reflexões um tanto disformes.

Do ponto de vista biológico (puramente objetivo), a cissiparidade constitui cópia – divisão de uma célula em duas estruturas congruentes -; primeiramente se consuma a citocinese (replicação do ácido desoxirribonucléico e posterior ligação da cadeia recém-formada à nova membrana), só então as duas partes ficam independentes. Culturalmente falando, bipartição seria a multiplicação da variedade de métodos auxiliares já existentes convergindo na sintonia prática. Mais ainda, absolutamente tudo passa pelo mesmo tipo de fissão, compete-nos subseqüentemente o papel substituível: notar o prolongamento das realidades objetais palpáveis. Evidentemente, não poder-se-ia ignorar um perfil ‘reprodutivo’ das funções civilizacionais, todavia, merece especial atenção sua postura ‘assexuada’, ou seja, livre dos contatos diretos, (claro que transformação, transdução ou conjugação exigiriam maior ‘atração relativa’ pelo menos).

Conforme o acima foi verificado sucintamente o teor conceitual do termo em pauta. O presente texto teve a intenção de considerar do modo mais antropológico possível algo quase sempre tomado parcialmente, concebido enquanto didática corretamente, contudo, ignorado em seu sentido universal abrangente.

QUESTÕES PERTINENTES: Teorias do Desenvolvimento (com ênfase no Interacionismo)

1. INTRODUÇÃO

A seguir, discutiremos temáticas intimamente ligadas ao fazer pedagógico. O modo como os agentes educativos se posicionam frente a dualidade ensino/aprendizagem reflete decisivamente nos resultados obtidos posteriormente. Assim sendo, faz-se prudente avaliar e escolher normas aplicáveis, subsidiadas tecnicamente sob certa metodologia. Esmiuçá-la não é o presente dever; somente poderemos agora fagocitar ideologias, permitindo ao leitor livre arbítrio de resolução e, sobretudo, julgamento.
2. A CONCEPÇÃO INATISTA

Segundo essa proposta há predisposição genética para o desenvolvimento de características. A educação contribuiria insignificantemente para a formação individual.
Teologicamente falando (desconsideradas as controvérsias), a “graça divina” produz o sujeito imutável, conforme Deus projetara.
Já Teoria da Evolução e Embriologia (primordialmente) foram deturpadas: a condição de resistência (aptidão) não é inata, mas depende do ambiente externo.

2. A CONCEPÇÃO AMBIENTALISTA

“O ambiente tem imenso poder sobre os rumos do desenvolvimento.” Os ambientalistas sustentam suposições calcadas no empirismo (que enfatiza a experiência sensorial como fonte básica do conhecimento) e desejam manipular associações entre determinados fatores.

B. F. Skinner foi o precursor do comportamentalismo porque estudou os comportamentos humanos observáveis independentemente de outros fatores. Afinal, para ele e seus seguidores, o ambiente é muito mais importante do que a maturação biológica. Se atribui ao ambientalismo uma visão de indivíduo como ser passsivo moldado conforme a simples alteração das situações.

As teorias ambientalistas apresentam, na educação, o mérito de valorizar a função de professor enquanto difusor do saber. Cabe, portanto, ao mestre reforçar posturas positivamente desejáveis. Há também efeitos nocivos como, por exemplo, abandono da reflexão filosófica na prática pedagógica e padronização dos planos de aula.

3. A CONCEPÇÃO INTERACIONISTA

Para os interacionistas, tanto o ambiente quanto a maturação biológica produzem os conceitos do sujeito. Essa perspectiva implica a consideração da visão individual do Homem: um Ser aparentemente único, contudo, racionalmente diferente através de referenciais (MADEIRA, 2001).
Segundo Oliveira (2002) a Motricidade Humana – com suas implicações – ajuda bastante o progresso infantil e não dá como acabada a tarefa de atividades, porque os Humanos (adultos e crianças) estão sempre em movimento, possibilitando transformaçães.
Existem duas correntes principais no interacionismo: a concebida por Piaget e a defendida por teóricos soviéticos, dentre os quais destaca-se Vygotski.

Piaget considerou válida a interpretação do conhecimento humano em seus primeiros estágios. Era necessário entender a lógica das crianças como um bem patrimonial próprio, estabelecido propositadamente enquanto gênese sensível antropológica.

A idéia de patrimônio se ligaria justamente à percepção do modo como o meio imaginal constitui o indivíduo, e ao valor simbólico atribuído a cada imagem (ou conjunto de imagens) como elemento constitutivo do seu universo interior. O que a fundamenta não é a coisa dada (representação material ou expressão em ato), mas exatamente este processo sutil de configuração identitária que permeia a psique, em continuidade e movimento, fazendo lembrar que estamos no mundo, que pertencemos ao mundo e que simultaneamente o mundo nos pertence – mito e razão, consciência e insights, imagem e pensamento; e que nos permite trazer ao plano da consciência, ainda que de forma nostálgica ou fantasiosa, todos os desejos, todas as mandalas que nos significam. É este o processo que configura, ainda, a identidade dos grupos sociais, servindo de base a todo o seu edifício simbólico. (...) (SCHEINER, 2004, p.107 grifo acrescentado)
Vygotski, bem como seus associados, define interações lineares e proporcionalmente progressivas. É especialmente interessante verificar seus pareceres referentes à Teoria da Compensação. Para Vygotski “a fonte da compensação da cegueira não é o desenvolvimento do tato ou a maior sensibilidade do ouvido, mas antes a linguagem, ou seja, a utilização da experiência social, a comunicação com os videntes.” (Vygotski, 1997, p.61) Isso exemplifica uma série designativa de postulados pretensamente corroborados cientificamente, todavia, pouco pesquisados. Por tal razão não abordaremos exaustivamente quaisquer noções abstratas conflituosas.
Passemos, pois, às considerações finais.

4. CONCLUSÃO

Diante do exposto, salientamos o teor dinâmico da interação subjetiva. Cada peça psico-comportamental auxilia a complementaridade meio-indivíduo, elaborando modalidades ambivalentes sistemáticas, fortificando continuamente os processos educacionais benéficos e gerenciando mecanismos inovadores capazes de alterar o curso da senda.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAVIS, C; OLIVEIRA, Z, de – Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

MADEIRA, M. Representações sociais e educação: importância teórico-metodológica de uma relação. In: MOREIRA, A. S. P. (Org.). Representações sociais: teoria e prática. João Pessoa: EDUFPB, 2001. p. 123-144.

OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. 7.ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

SCHEINER, Tereza. Imagens do não lugar: comunicação e os “novos patrimônios”. Rio de Janeiro: ECO; UFRJ, 2004.

VYGOTSKI, L. Fundamentos de defectologia. Obras Escogidas V. Madri: Visor, 1997.

domingo, 11 de setembro de 2011

NOSSA MISSÃO

   O ogjetivo do presente blog é levar o leitor a refletir sobre temas cotidianos: saúde, vida pessoal, segurança, sociedade, educação, religião, etc. Não aderimos a qualquer conceito discriminatório, controvérsia política, denominação religiosa ou filosofia específica. Aceitamos contribuições de nossos visitantes e queremos sempre agradar o internauta. ESCREVA PARA NÓS UMA MENSAGEM CONTENDO CRÍTICAS, SUGESTÕES OU QUALQUER COMENTÁRIO. Se desejar, poderá reproduzir e utilizar os textos aqui publicados (OBS: Não esqueça de citar a fonte). Divulgue nosso trabalho, indique a seus amigos: a leitura e a cidadania andam juntas.

Sejam Todos Bem-Vindos!

 Riscos das Transfusões de Sangue

A cada 32 minutos, alguém nos Estados Unidos morria em decorrência de haver tomado uma transfusão de sangue. Isto foi revelado por relatórios do Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar mostrando que foi comprovado que há maiores complicações das transfusões de sangue, estas podem ter matado 16.500 pessoas em 1961. As três principais complicações foram listadas como sendo: reações entre o sangue doado e o do paciente, sobrecarrega da circulação com muito sangue, e transmissão de hepatite. O Dr. Marx. M. Simon do Hospital São Francisco, em Poughkeepsie, Nova York, comenta: "A taxa de mortalidade anual calculada devido às transfusões de sangue agora excede aquela relatada para muitas doenças cirúrgicas comuns [enfermidades que necessitam de cirurgia], tais como câncer de reto, apendicite ou obstrução intestinal."

 Sangue de Cadáveres

O Dr. Gregory. A. Pafomov, chefe do laboratório de transfusão de sangue em um hospital de grande porte não muito longe da Praça Vermelha em Moscou informou recentemente que os russos usaram trinta toneladas de sangue de pessoas mortas. O sangue é normalmente retirado do cadáver aproximadamente uma hora após a morte. Dr. Pafomov disse em uma entrevista: "Setenta e cinco por cento do sangue transfundido no hospital - e estamos todos ocupados na maior parte do tempo - é sangue de cadáver. Foram utilizadas mais de duas toneladas de sangue, somente no ano passado. "

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MANEIRA DA VOLTA E DO APARECIMENTO DO NOSSO SENHOR

** O Tempo Está Próximo, pp. 103-142 **

A Harmonia da Maneira do Segundo Advento do nosso Senhor com outros Aspectos do Plano Divino — Como e Quando a Igreja O Verá — Como e Quando a Glória do Senhor se Revelará; e Toda a Carne Juntamente a Verá — Afirmações Aparentemente Contraditórias Demonstradas serem Harmoniosas — Vem “Como um Ladrão” — Não com Aparência Exterior — E no entanto “Com Grande Brado” — Com “Vozes” — E “ao Som da Trombeta” — Se Manifestará “em Chama de Fogo, e Tomará Vingança” — E entretanto, “Há de Vir Assim Como” Foi — Demonstrada a Importância de Tempo Profético nesta Conexão — A Harmonia de Indicações Presentes.   
    À VISTA do que acabamos de considerar, o rápido fim dos Tempos dos Gentios, e a garantia de que a consumação da esperança da Igreja deverá anteceder o seu fim, somente estimula o apetite dos que agora estão esperando a consolação de Israel. Tais terão anseio por qualquer informação que o nosso Pai pode ter providenciado por meio dos profetas, no que toca à “ceifa”, o fim ou período final desta idade — a separação do trigo do joio no meio dos membros viventes da Igreja nominal, e o tempo da transformação dos vencedores, para estarem com o seu Senhor e Cabeça e semelhantes a ele.


Entretanto, para apreciar a racionalidade de ensino profético sobre estes assuntos profundamente interessantes, é absolutamente necessário termos visão clara tanto do objetivo da segunda vinda do nosso Senhor, como da maneira em que ele se revelará. Confiamos em que todos os leitores atuais ao ler o Volume I se têm convencido de que o objetivo de sua vinda é para reconciliar “quem quiser” do mundo, com Deus, por um processo de reger, ensinar e disciplinar, chamado julgamento e bênção. A maneira da vinda e do aparecimento do Senhor, por conseguinte, é de importância suprema, antes de proceder no nosso estudo do tempo da ceifa, etc. O estudante tem que manter claramente na mente o objetivo, enquanto estuda a maneira da volta do nosso Senhor; e ambos destes, quando vem a estudar o tempo. Isto é necessário como contrapesar às opiniões errôneas já preocupando muitas mentes, baseadas em idéias falsas tanto do objetivo como da maneira da vinda do nosso Senhor.

Compreenda e tenha na mente tão firmemente como possível o ato, já demonstrado, que o Plano de Deus é uma totalidade harmoniosa, a qual está sendo elaborada por meio de Cristo; e que a obra do segundo advento fica relacionada com a obra do primeiro como efeito da causa: isto é, que a grande obra da Restauração no segundo advento segue a obra da Redenção realizada no primeiro advento como uma seqüência lógica segundo o Plano Divino. Por conseguinte, a volta do Senhor é a aurora da esperança para o mundo, o tempo dos outorgados favores assegurados pela redenção — sendo a Idade Evangélica apenas um parênteses intervindo, durante a qual a esposa de Cristo é escolhida, para associar-se com o seu Senhor no grande trabalho da restauração que Ele vem para realizar.

E já que a Igreja de Cristo, que tem estado desenvolvendo-se durante a Idade Evangélica, há de associar-se com o seu Senhor no grande trabalho de restituição da Idade Milenária, a primeira obra de Cristo no segundo advento tem que ser o ajuntamento da sua Igreja eleita, à qual é feita referência pelo profeta (Sal. 50:5), dizendo: “Congregarei os meus santos, aqueles que fizeram comigo um pacto por meio de sacrifícios.” Esta congregação ou tempo de ceifa está no período de sobreposição das duas idades. Como sera mostrado, é um período de quarenta anos, * que tanto termina a Idade Evangélica como introduz a Idade Milenária. (Veja o Vol. I. pp. 253-256; 270-274; ou pp. 219-221; 234-237, 2.ª edição; e o Mapa das Idades.) Este período da ceifa não somente efetua a separação do trigo do joio na Igreja nominal do Evangelho e no ajuntamento e glorificação da classe do trigo; mas também há de efetuar a queima (destruição) do joio, ou imitação do trigo — não como indivíduos; o fogo de destruição é simbólico assim como o joio), e a vindima e destruição da frutificação corrupta da “vinha da terra” (ambição, avareza e egoísmo humanos), que tem estado crescendo e amadurecendo através de séculos nos reinos do mundo e nas várias organizações civis e sociais entre os homens.

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*Veja o Prefácio do Autor, página III-V



Embora que, quando tratando do objetivo da volta do nosso Senhor, demonstramos que seria uma vinda pessoal, nos permitam mais uma vez guardar o estudante contra confusão de pensamento tomando em consideração as duas aparentemente incompatíveis expressões do nosso Senhor — “eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (aionos idade), e, “vou preparar-vos lugar. E, ... virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo”. (Mat. 28:20; João 14:2, 3) O seguinte incidente servirá de ilustração da harmonia das duas promessas: — Um amigo disse a outro enquanto estavam para separar-se, lembre-se, estarei contigo por toda a tua viagem. Como? Naturalmente não em pessoa; pois tomaram trens em direções opostas para lugares distantes. A idéia foi que em amor e pensamento e cuidado um pelo outro, não seriam separados. Num sentido semelhante, contudo mais amplo, o Senhor sempre tem estado com a sua Igreja, o seu poder divino habilita-o para vigiar, dirigir e assistir esta Igreja desde o princípio até o fim. No entanto, agora estamos considerando a presença do nosso Senhor conosco não neste sentido figurativo, senão a maneira da sua segunda presença pessoal e do seu aparecimento, “quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido”.

As Escrituras ensinam que Cristo vem de novo para reinar; que é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés — todos os oponentes, todas as coisas que estorvariam a grande restituição que ele vem para efetuar — o último inimigo a ser destruído é a morte (1 Cor. 15:25, 26); e que ele reinará mil anos. É portanto apenas como se deve esperar, que encontramos muito mais lugar na profecia dedicado ao Segundo advento e os seus mil anos de reinado triunfante e derrota do mal, do que aos trinta e quatro anos do primeiro advento para a redenção. E como temos percebido que a profecia toca os vários pontos importantes desses trinta e quatro anos, desde Belém e Nazaré até o fel e vinagre, as vestes repartidas, a cruz, o sepulcro e a ressurreição, assim achamos que a profecia do mesmo modo toca a vários pontos dos mil anos da segunda presença, particularmente o seu começo e fim.

A segunda presença do nosso Senhor abrangerá um período de tempo mais longo do que a primeira. A missão do seu primeiro advento terminou em menos de trinta e quatro anos, enquanto que são requeridos mil anos para levar a cabo a obra designada da sua presença. Assim pode ver-se numa olhada que, ao passo que a obra do primeiro advento não foi de menor importância do que aquela do segundo advento — sim, ainda que foi tão importante que o trabalho do segundo advento nunca poderia ter sido possível sem o primeiro — porém não estava tão diferente, e daqui requeria menos descrição do que a obra do segundo advento.

Ao considerar o segundo advento, igualmente como o primeiro advento, não devemos esperar para todas as profecias marcarem um, particularmente significativo momento da chegada do nosso Senhor, e chamarem a atenção de todos os homens ao fato da sua presença. Não é tal o método usual de Deus; não foi tal o método no primeiro advento. O primeiro advento do Messias não foi assinalado por qualquer demonstração repentina ou surpreendente fora da ordem normal, senão que foi manifestado e comprovado pelo cumprimento gradual de profecia, mostrando a observadores atentos que os acontecimentos que deveriam ser esperados estavam efetuando-se em seu tempo. E assim será no seu segundo advento. É de menor importância que descubramos o momento preciso da sua chegada, do que discernirmos o fato da sua presença quando ele tinha vindo, exatamente como no primeiro advento era importante poder reconhecer a sua presença e quanto antes melhor, entretanto muito menos importante foi para saber a data exata do seu nascimento. Ao considerar o segundo advento, o ato de vinda e o momento de chegada estão também freqüentemente no pensamento, enquanto que deve considerar-se como um período de presença, como foi o primeiro advento. O momento preciso no qual começaria essa presença pareceria, então, menos importante, e o seu objetivo e trabalho durante o período da sua presence receberia a consideração principal.

Devemos de ter em mente, também, que o nosso Senhor já não é mais um ser humano; que como ser humano se deu a si mesmo em resgate pelos homens, tendo tornado-se homem por esse mesmo propósito. (I Tim. 2:6; Heb. 10:4, 5; I Cor. 15:21, 22) Ele está agora exaltado soberanamente, à natureza divina. Portanto Paulo disse: “ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos desse modo”. (2 Cor. 5:16) Ele foi ressuscitado dentre os mortos um Espírito (Ser espiritual) vivificante (I Cor. 15:45), e não um homem, da terra, terreno. Já não é mais humano em nenhum sentido ou grau; pois não devemos esquecer do que temos aprendido (Veja o Volume I, Estudo 10) — que as naturezas são separadas e distintas. Desde que ele já não é mais em nenhum sentido ou grau um ser humano, não devemos esperar para ele vir mais uma vez como ser humano, como no primeiro advento. Sua segunda vinda há de ser numa maneira diferente.

Notando o fato de que a transformação do nosso Senhor desde a natureza humana até a divina na sua ressurreição foi uma transformação ainda mais grande da que aconteceu uns trinta e quatro anos previamente, quando ele deixou a glória de ser espiritual e “se fez carne”, podemos considerar com grande proveito muito minuciosamente todas as suas ações durante os quarenta dias depois da sua ressurreição antes que fosse “para o Pai”; porque é o Jesus ressurgido desses quarenta dias quem há de vir de novo, e não o Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate nosso, à morte. Ele que foi morto como um ser de carne, foi também na sua ressurreição vivificado um ser espiritual. — I Ped. 3:18*

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*Nesta passagem as palavras “na” e “no” são fornecidas arbitrariamente pelos tradutores, e são ilusórias. O grego diz simplesmente — “morto na carne, mas vivificado no espírito”. O nosso Senhor foi morto um ser carnal ou humano, mas foi vivificado dentre os mortos um ser espiritual. E visto que a Igreja há de ser “transformada” para que possa ser como Cristo, é evidente que a transformação que ocorreu no Cabeça foi de uma espécie parecida a essa descrita como reservada para os vencedores, os quais serão transformados da natureza humana em divina, e feitos semelhantes a ele — “participantes da natureza divina”. Daqui, a seguinte descrição da transformação dos santos é aplicável também ao seu Senhor; a saber “Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em poder. Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual.”

No seu segundo advento Ele não vem para ser sujeito às autoridades que agora existem, para pagar o tributo a César e para sofrer a humilhação, injustiça e violência; mas vem para reinar, exercendo toda a autoridade no céu e na terra. Não vem no corpo da sua humilhação, um corpo humano, que tomou para sofrer a morte, inferior ao seu corpo glorioso anterior (Heb. 2:9); senão no seu corpo espiritual glorioso, que é “a expressa imagem do seu Ser” (do Ser do Pai, Deus) (Heb. 1:1, 3); visto que, por causa da sua obediência ainda até a morte, já está soberanamente exaltado à semelhança e natureza divina, e foi lhe dado o nome que é sobre todo nome — sendo excetuado o nome do Pai unicamente. (Fil. 2:9; I Cor. 15:27) O Apóstolo mostra que “ainda não é manifesto” ao nosso entendimento humano como Ele agora é; daqui não sabemos o que havemos de ser quando se tornaremos feitos semelhantes a ele, mas nós (a Igreja) podemos regozijarmo-nos na segurança que algum dia estaremos com ele, e seremos semelhantes a ele, e assim como é o veremos (1 João 3:2) — não como estava no seu primeiro advento em humilhação, quando tinha deixado sua glória anterior e se fez pobre, para que pela sua pobreza pudéssemos ser enriquecidos.

Se consideramos a sabedoria e prudência dos métodos do nosso Senhor de manifestar a sua presença aos seus discípulos depois da sua ressurreição como também previamente, pode nos ajudá-lo a lembrarmos que a mesma sabedoria será demonstrada nos seus métodos de revelar-se no seu segundo advento, tanto à Igreja como ao mundo — métodos não necessariamente similares, mas em cada caso bem convenientes para o seu objetivo, o que nunca está para alarmar ou excitar os homens, senão para convencer os seus raciocínios moderados e calmos das grandes verdades para produzirem impressão sobre eles. O primeiro advento do nosso Senhor não foi um evento espantador, excitante, nem alarmante. Quão quietamente e moderadamente veio! Assim foi até tal grau que apenas os que tinham fé e humildade puderam reconhecer na criança de nascimento humilde, no homem de dores, no amigo dos humildes e pobres, e por fim no crucificado, o Messias já esperado por longo tempo.

Depois da sua ressurreição, a manifestação da sua presença seria naturalmente um fato mais assombroso, particularmente quando considera-se a sua transformação de natureza. Contudo o fato da sua ressurreição, junto com o fato da sua natureza mudada, havia de ser manifestado plenamente, não a todo o mundo nesse então, senão a testemunhas escolhidas que dariam testemunho acreditável do acontecimento a gerações sucessivas. Se todo o mundo tivesse inteirado-se do acontecimento naquele tempo, o testemunho estendendo-se aos nossos dias provavelmente teria sido menos digno de confiança, sendo colorido e torcido pelas idéias dos homens e misturado com as suas tradições, a tal grau que a verdade poderia aparecer quase ou plenamente inacreditável. Mas Deus a confiou apenas a testemunhas escolhidas, fiéis e meritórias; e enquanto notamos a consideração, que cada um note quão perfeitamente o objetivo foi concluído, e quão clara, positiva e convincente foi a prova da ressurreição e transformação de Cristo oferecida-lhes. Note também o cuidado com que evitou alarmá-los ou indevidamente excitá-los enquanto fazia manifesto e dava ênfase a estas grandes verdades. E pode assegurar-se de que a mesma sabedoria, prudência e habilidade se manifestarão nos seus métodos de fazer conhecer o fato da sua gloriosa presença no seu segundo advento. O raciocínio calmo e moderado será convincente em todo caso, ainda que o mundo em geral precisará de ser trazido por meio de disciplina severa para a atitude apropriada para receber o testemunho, enquanto os que são de coração reto terão o abençoado entendimento mais cedo. Todas as provas da sua ressurreição e transformação à natureza espiritual não foram dadas aos seus discípulos imediatamente, senão ao passo que podiam suportá-las e na maneira calculada para impressioná-los o mais profundamente.

Durante os três anos e meio do ministério do nosso Senhor, os seus discípulos haviam sacrificado amigos, reputação, negócios, etc., para dedicar tempo e energia ao anúncio da presença do Messias e o estabelecimento do seu reino. Mas eles tinham idéias necessariamente cruas com respeito à maneira e ao tempo da exaltação do seu Mestre, e da sua prometida exaltação com ele. Também não era o pleno conhecimento nesse então necessário; foi realmente suficiente que eles deviam aceitar cada passo como isto devia vir a ser. Portanto o Mestre os ensinou pouco a pouco, tanto quanto eram aptos para aceitá-lo. E perto do fim do seu ministério disse: “Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; ... e vós ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.” — João 16:12, 13; 14:26.

Quem poderá contar o seu grande desapontamento, ainda que tanto quanto tinham sido prevenidos contra isto, quando eles viram o Mestre repentinamente tirado deles e ignominiosamente crucificado como um criminoso — este cujo reino e glória eles tinham estado esperando e anunciando, e que apenas cinco dias antes de sua crucificação tinha parecido a eles tão perto da realização. (João 12:1, 12-19) Ainda quando souberam que ele foi falsamente acusado e injustamente crucificado, isto não alterou o fato de que as suas esperanças nacionais por longo tempo alimentadas de um rei judaico, que restauraria a sua nação à influência e poder em conjunto com as suas esperanças individuais, ambições e imaginações de cargos de importância e altas honras no Reino, inesperadamente demoliram-se todas por este desfavorável transtorno que tinham sofrido na crucificação do seu rei.

Muito bem sabia o Mestre quanto desolados, incertos e perplexes eles se sentiriam; pois assim foi escrito pelo profeta: “Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.” (Zac. 13:7; Mar. 14:27) E durante os quarenta dias entre a sua ressurreição e ascensão, portanto, foi a sua preocupação principal ajuntá-los de novo, e restabelecer a sua fé nele como o Messias por longo tempo esperado, para demonstrar-lhes o fato da sua ressurreição, e que desde sua ressurreição, ainda que mantinha a mesma individualidade, ele já não era humano, senão um ser spiritual exaltado, tendo “toda a autoridade no céu e na terra”.— Mat. 28:18.

Ele divulgava a eles gradualmente a notícia da sua ressurreição — primeiro, através das mulheres (Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, também outras que estavam com elas — Mar. 16:1; Luc. 24:1, 10), que foram ao sepulcro muito cedo para ungir o seu corpo morto com especiarias aromáticas. Ao passo que pensavam a quem poderiam pedir para revolver a pedra da porta do sepulcro, eis que houvera um grande terremoto; e quando vieram acharam a pedra revolvida, e um anjo do Senhor estava sentado sobre a pedra, que disse às mulheres: “Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; e ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis.” — Mat. 28:5-7.

Parece que Maria Madalena separou-se das outras mulheres e correu a anunciá-lo a Pedro e João (João 20:1, 2), enquanto as outras foram para dizer aos demais discípulos, e que depois que ela tinha partido delas, Jesus apareceu às outras mulheres no caminho, dizendo (Mat. 28:9, 10): “Salve.” E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram. Então lhes disse Jesus: “Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galiléia [para sua casa], ali me verão.” E com temor e grande alegria correram a anunciá-lo aos outros discípulos. Nos seus sentimentos misturados de surpresa, perplexidade, alegria, temor e a sua confusão geral, quase não sabiam como relatar a sua experiência estranha e maravilhosa. Quando Maria foi ter com Pedro e João, tristemente disse: “Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.” (João 20:2) As outras mulheres declararam que junto ao sepulcro tinham tido uma visão de anjos que diziam estar ele vivo (Luc. 24:22, 23), e também como elas mais tarde encontraram o Senhor no caminho. — Mat. 28:8, 10.

A maioria dos discípulos evidentemente consideraram o seu relato como mera excitação supersticiosa, todavia Pedro e João resolveram ir e ver por eles mesmos; e Maria voltou ao sepulcro com eles. Somente o que Pedro e João viram era que o corpo já não estava lá, e que os panos de enterro estavam ali deixados, e que a pedra já estava revolvida da porta. Portanto, na perplexidade eles voltaram, ainda que a Maria todavia ficou lá chorando. Enquanto chorava, abaixou-se e olhou para dentro do sepulcro, e viu dois anjos, que perguntaram-lhe “Mulher, por que choras?” Ela respondeu-lhes: “Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.” E ao voltar-se para trás, viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era ele. Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeulhe: “Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.” Então, no tom de voz familiar anterior que ela prontamente reconheceu, disse-lhe Jesus: “Maria!”

Isto foi o suficiente para estabelecer a sua fé na declaração do anjo, que Ele ressurgiu, o que até esse momento lhe tinha parecido como um sonho ou um delírio; e na sua alegria ela exclamou, “Mestre!” O seu primeiro impulso foi o de abraçar-lhe, e permanecer em sua presença. Porém Jesus informou-lhe moderadamente que agora ela tem uma missão para levar a cabo, em testificar do fato da sua ressurreição, e que ele devia apressadamente levar a mensagem e estabelecer a fé dos outros discípulos ainda na perplexidade e incerteza, dizendo: “Deixa de me tocar [grego, haptomai, abraçar; não demora para demonstração adicional da sua afeição agora]; porque ainda não subi ao Pai [ainda estarei convosco por apenas um pouco de tempo]; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17) Por meio das outras mulheres também lhes tinha informado que se reuniria com eles na Galiléia.

Em seguida, se aproximou de dois discípulos tristes e perplexos, no momento em que iam estes de Jerusalém para Emaús, e lhes perguntou o motivo da sua tristeza e desanimação. (Luc. 24:13-35) E um deles respondeu-lhe: “És tu o único peregrino em Jerusalém que não soube das coisas que nela têm sucedido nestes dias? Ao que ele lhes perguntou: Quais? Disseram-lhe: As que dizem respeito a Jesus, o nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que estas coisas aconteceram. [Aqui eles provavelmente estavam lembrando as palavras de João 2:19, 21, 22.] Verdade é, também, que algumas mulheres do nosso meio nos encheram de espanto; pois foram de madrugada ao sepulcro e, não achando o corpo dele, voltaram, declarando que tinham tido uma visão de anjos que diziam estar ele vivo. Além disso, alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; a ele, porém, não o viram.”

Não é de admirar que eles estiveram perplexos; quanto estranho isto tudo pareceu! quão peculiar e sensacional tinham sido os acontecimentos dos passados poucos dias!

Então o forasteiro lhes pregou um sermão animador desde as profecias, mostrando-lhes que as mesmas coisas que lhes tinham assim desanimado foram as coisas que os profetas tinham predito concernentes ao verdadeiro Messias: que antes de que Ele pudesse governar, abençoar e levantar o Israel e todo o mundo, primeiro devia que redimi-los com a sua própria vida desde a maldição da morte, que veio sobre todos através de Adão, e que depois, levantado para vida e glória por Jeová, o Mestre deles cumpriria tudo o que pelos profetas foi escrito concernente à sua glória e honra futura, tão verdadeiramente como ele tinha cumprido essas profecias que predisseram os seus sofrimentos, humilhação e morte. Um pregador admirável! e um sermão admirável foi esse! Iniciou novas idéias e abriu novas expectativas e esperanças. Quando se aproximaram da aldeia, eles o constrangeram para ficar com eles, porque era tarde, e já declinava o dia. E entrou para ficar com eles. Estando com eles à mesa, tomou o pão e, partindo-o, lhes dava. Abriram-se-lhes então os olhos; nisto ele desapareceu de diante deles.

Não antes desse momento o reconheceram, ainda que tinha andado, falado e estado à mesa com eles. Ele foi reconhecido por eles não pela face, senão no simples ato de abençoar e partir o pão na velha maneira familiar, assim assegurando a sua fé no que já tinham ouvido — que tinha ressurgido, e que os tornaria a ver.

Então os dois discípulos surpreendidos e enlevados na mesma hora levantaram-se e voltaram para Jerusalém, disseram um para o outro: “Porventura não se nos abrasava o coração, quando pelo caminho nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” Chegando em Jerusalém encontraram reunidos os outros regozijando-se também, os quais diziam: “Realmente o Senhor ressurgiu, e apareceu a Simão.” Então os dois contaram o que acontecera no caminho, e como se lhes fizera conhecer no partir do pão. Provavelmente estavam quase todos lá naquela noite, casas, trabalhos, e todos os outros assuntos foram esquecidos — Maria Madalena com suas lágrimas de alegria, dizendo: Reconheci-lhe no momento que chamou o meu nome — não pude acreditar a afirmação do anjo da sua ressurreição até então; e as outras mulheres declarando a sua experiência maravilhosa da manhã, e como lhe tiveram encontrado pelo caminho. Em seguida Simão teve a sua história para contar; e então aqui haviam duas testemunhas adicionais desde Emaús. Que dia mais memorável! Não é de admirar que eles desejavam reunir-se juntos no primeiro dia de todas as semanas depois disso, para conversar sobre o assunto e trazer à lembrança todas as circunstâncias associadas com este evento estupendo da ressurreição do Senhor, e para os seus corações “abrasarem” muitas vezes.

Enquanto a pequena companhia animada e extática estava assim reunida e relatando uns para os outros as suas várias experiências, o próprio Senhor Jesus se apresentou no meio deles (Luc. 24:36-49) e disse-lhes: “Paz seja convosco.” De onde ele tinha vindo? Todas reuniões tais realizavam-se secretamente com as portas cerradas por medo dos judeus (João 20:19, 26), porém aqui estava um aparecimento repentino sem nenhuma aproximação visível; mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Então ele confortou-os, disse-lhes para acalmarem os seus medos, e lhes mostrou as suas mãos e os seus pés, dizendo: “sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho”. Não acreditando eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então lhe deram um pedaço de peixe assado, o qual ele tomou e comeu diante deles. Então lhes abriu o entendimento, os seus olhos mentais, e explicou-lhes as Escrituras, mostrando da lei e dos profetas que estas coisas tinham acontecido exatamente como preditas. Entretanto, Tomé estava ausente (João 20:24); e quando os outros discípulos disseram-lhe que tinham visto o Senhor, ele não acreditou, mas disse: “Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.”

Oito dias passaram sem novas manifestações adicionais, e tiveram tempo para pensarem calmamente e discutirem as experiências daquele dia magnífico, quando, estavam os discípulos de novo reunidos como antes, Jesus pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja convosco.” (João 20:26) Esta vez Tomé estava presente, e o Senhor dirigiu-se a ele, e disse: “Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejais incrédulo, mas crente.” Deste modo demonstrou que Ele sabia o que Tomé tinha dito, sem que lhe fosse contado, e forneceu a prova da sua ressurreição que Tomé tinha declarado que lhe convenceria; e com alegria respondeu-lhe Tomé: “Senhor meu, e Deus meu!”

Depois disso, ali realmente devia de ter um intervalo bastante longo antes de haver mais alguma manifestação da presença do Senhor, e os discípulos que estavam na Galiléia começaram a pensar no lar e no futuro; e lembrando-se da mensagem do Senhor pelas mulheres, e de que iria adiante deles para a Galiléia, eles foram para lá. Provavelmente foi no caminho deles, que Jesus encontrou-os, como Mateus o relata, num monte. Estavam perplexos; já não sentiram a mesma familiaridade que outrora tinham para com ele; desde a sua crucificação pareceu-lhes tão grandemente mudado desta maneira que ele costumava ter — apareceu e desapareceu em tempos e lugares tão peculiares; já não pareceu-lhes como “Cristo Jesus, homem”; portanto diz Mateus: “o adoraram; mas alguns duvidaram”. Depois de umas poucas palavras com eles o Senhor “desapareceu” de diante deles, e deixou-os ficarem curiosos por saber o que em seguida aconteceria. Durante algum tempo depois da sua volta para Galiléia não aconteceu nada extraordinário, e não havia mais indicação da presença do Senhor. Certo que reuniram-se e discutiam a situação e queriam saber por que não apareceu a eles mais freqüentemente.

Enquanto esperavam, os dias e as semanas pareciam-lhes compridos. Eles tinham há muito tempo abandonado as ocupações ordinárias da vida, para seguir o Senhor de lugar em lugar, aprendendo dele e pregando a outros: “É chegado o reino dos céus.” (Mat. 10:5-7, AL; IBB) Não queriam agora voltar às velhas ocupações. Entretanto, como deveriam proceder com o trabalho do Senhor? Compreenderam a situação claramente e o suficiente para saber que já não podiam pregar como dantes que o reino está próximo; pois todo o povo sabia que o seu Mestre e Rei tinha sido crucificado, e ninguém sem ser eles mesmos sabiam da sua ressurreição. Enquanto todos os onze estavam assim perplexos e ansiosos, esperando a algo, não sabendo o que, Pedro disse: Bem, não podemos ficar inativos; voltarei ao meu trabalho anterior de pescar; e seis dos outros disseram: Faremos o mesmo: Nós também vamos contigo. (João 21:3) É provável que os demais também retornaram aos seus empregos anteriores.

Quem pode duvidar que o Senhor estivesse invisivelmente presente com eles muitas vezes enquanto iam comentando entre si, dominando e dirigindo o curso das circunstâncias, etc., para o seu melhor bem? Se tivessem eles grande sucesso e viessem a ser absorvidos inteiramente pelo interesse de trabalho, logo se tornariam impróprios para o mais alto serviço; contudo se eles não tivessem sucesso nenhum, pareceria como a ação de forçá-los; portanto o Senhor adotou um plano que lhes ensinou uma lição tal como muitas vezes ensina aos seus seguidores, a saber: que os sucessos ou fracassos de seus esforços, em qualquer direção, ele pode controlar, se ele quiser.

A velha empresa de pescadores reorganizou-se: juntaram seus barcos, redes, etc., e partiram para a sua primeira pesca. Mas trabalharam a noite toda e não apanharam nenhum peixe, e começaram de desanimar-se. Pela manhã um forasteiro na praia chama a eles para saber do seu sucesso. Sucesso infeliz! Nada apanhamos, respondem. Procurai outra vez, disse o forasteiro. Agora lançai a rede à direita do barco. Não adianta, forasteiro, temos procurado nos dois lados durante toda a noite, e se houvesse peixes num lado haveriam também no outro. Entretanto, tentaremos de novo e deixaremos você ver. Assim fizeram, e apanharam uma quantidade imensa. Que estranho! Observaram alguns; mas o ligeiro e impressionável João logo entendeu a idéia correta, e disse: Irmãos, apenas o Senhor poderia fazer isto. Não lembrais a alimentação das multidões, etc? Esse tem que ser o Senhor na praia, e este é outro modo que tem escolhido para manifestar-senos. Não lembrais que foi mesmo assim quando por primeira vez o Senhor nos chamou? Então, também, tínhamos a noite toda, e nada apanhamos até que ele chamou-nos, dizendo: “Faze-te ao largo e lançai as vossas redes para a pesca.” (Luc. 5:4-11) Sim, claro que é o Senhor, ainda que, depois da sua ressurreição, não podemos reconhecê-lo pela sua aparência. Agora aparece numa variedade de formas; porém cada vez conhecemos que é ele por algumas circunstâncias peculiares como esta, trazendo à lembrança alguns incidentes marcados do nosso passado conhecimento com ele.

E enquanto eles desembarcaram notaram que Jesus tinha tanto pão como peixes, e aprenderam a lição de que sob sua direção e cuidado no seu serviço não seriam abandonados para morrer de fome. (Luc. 12:29, 30) Não lhe perguntaram se era o Senhor; pois nesta ocasião como em outras, sendo iluminados os olhos do seu entendimento, lhe reconheceram, não pela vista física, senão pelo milagre. Então seguiram as instruções dessa hora deleitável, tranqüilizando Pedro da sua continuada aceitação apesar de sua negação ao Senhor, pelo qual arrependeu-se e chorou. Agora aprendeu novamente do amor do seu Mestre, e do seu privilégio continuado de pastorear as ovelhas e os cordeirinhos. Parece-nos que ouvimos o Senhor dizer: Não te é preciso voltar-te à vocação de pescador, Pedro: Eu te chamei uma vez para ser um pescador de homens, e, tendo certeza de que teu coração continuaria leal e zeloso, renovo a tua comissão como um pescador de homens.

“Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias.” (At. 1:4, 5) Portanto vieram a Jerusalém, como foram instruídos, e já fez quarenta dias depois da ressurreição dele, que reuniu-se com eles pela última vez e falou com eles. Nesta ocasião armaram-se de coragem para perguntar-lhe acerca do reino que lhes tinha prometido, dizendo: “Senhor, é neste tempo que restauras o reino a Israel?” Este pensamento do reino era o único predominante na mente de todo judeu. Compreenderam que Israel havia de ser líder entre as nações sob o Messias, mas não sabiam dos longos Tempos dos Gentios, e ainda não viram que a bênção principal tinha sido tirada do Israel segunda a carne (Mat. 21:43; Rom. 11:7), e que eles mesmos haviam de ser membros do novo Israel (espiritual), o sacerdócio real e nação santa, por meio de qual, como o corpo de Cristo, viria a bênção do mundo. Ainda não entenderam nenhuma destas coisas. Como poderiam? Eles não tinham ainda recebido o Espírito Santo de adoção como filhos, mas estavam ainda sob a condenação; porque, embora o sacrifício de resgate tinha sido feito pelo Redentor, ainda não tinha sido formalmente apresentado em nosso favor no Santíssimo, no próprio céu. (João 7:39) Daqui o nosso Senhor não tentou fazer nenhuma resposta explicativa à pergunta deles, senão apenas disse: “A vós não vos compete saber [agora] os tempos ou as épocas, que o pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder,* ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” — At. 1:7, 8.

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*Este prometido poder para entender e saber os tempos ou as épocas, e todas as coisas concernentes a um testemunho próprio, aplica-se à Igreja inteira desde o princípio até o fim; e sob a orientação e poder do Espírito Santo, está provido o sustento a tempo concernente a cada lineamento do plano, afim de que possamos ser as testemunhas, ainda até a consumação desta idade. — Compare João 16:12, 13.

Então o Senhor, que estava andando com eles, quando chegaram ao Monte das Oliveiras, levantando as mãos, os abençoou; e apartou-se deles; e foi levado para cima; e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. (Luc. 24:48-52; At.1:6-15) Agora começaram a ver algo mais do plano de Deus. O Senhor que desceu do céu tinha voltado para o Pai, como lhes tinha dito antes de sua morte — tinha partido agora para uma terra longínqua, a fim de tomar posse do reino prometido e depois voltar (Luc. 19:12); e entretanto haviam de ser as suas testemunhas até os confins da terra para chamar e preparar um povo para recebê-lo quando ele vier para ser glorificado nos seus santos, e para reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Viram a sua nova missão de proclamarem a toda criatura um vindouro Rei do céu com “toda a autoridade no céu e na terra”, para ser um trabalho muito mais importante do que aquele dos anos procedentes, quando eles anunciavam “Cristo Jesus, homem”, e seguiam-no, aquele que “era desprezado, e rejeitado dos homens”. O seu levantado Senhor foi mudado de fato, não somente na sua aparência pessoal — aparecendo às vezes num modo e lugar, e de novo numa distinta maneira e lugar, manifestando sua “toda autoridade” — mas também foi mudado de condição ou natureza. Já não atraiu os judeus, nem manifestou-se a eles; pois desde a sua ressurreição ninguém viu-o em nenhum sentido, exceto os seus amigos e seguidores. Suas palavras: “Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais”; foram assim autenticadas.

Assim foi estabelecida a fé dos apóstolos e da Igreja primitiva, no fato da ressurreição do Senhor. As suas dúvidas se dispersaram, e alegraram-se os seus corações; e voltaram para Jerusalém e perseveraram unanimemente em oração e súplica e estudo das Escrituras, aguardando a adoção prometida pelo Pai, e a sua adoção com entendimento espiritual, e com especiais dons milagrosos de poder, para capacitá-los a convencer aos israelitas verdadeiros, e para estabelecer a Igreja do Evangelho, no dia de Pentecostes. — At. 1:14; 2:1.

Ainda que o nosso Senhor no seu segundo advento não manifestará a sua presença da mesma maneira em que fazia durante esses quarenta dias depois da sua ressurreição, todavia temos a sua garantia de que os “irmãos” não estão “em trevas”. Antes, teremos uma ajuda que eles não tinham e não podiam ter para ajudá-los durante esses quarenta dias, a saber, “poder do alto”, para guiarnos ao entendimento de toda a verdade devida para ser entendida, e, ainda como prometido, nos anunciará as coisas vindouras. Daqui a seu tempo teremos pleno entendimento da maneira, do tempo, e das circunstâncias concomitantes do seu aparecimento, os quais, se cuidadosamente vigiados e notados, não serão menos convincentes do que as evidências da ressurreição do nosso Senhor fornecidas à Igreja primitiva, ainda que de um gênero diferente.

Que o nosso Senhor no seu segundo advento poderia assumir a forma humana, e assim aparecer aos homens, tal como tem feito a seus discípulos depois da sua ressurreição, não cabe dúvida; não somente porque assim apareceu em forma humana durante esses quarenta dias, senão também porque seres espirituais tinham no passado manifestado o poder de aparecer como homens na carne e em várias formas. Mas tal manifestação estaria fora de harmonia com a tendência geral do plano de Deus, tanto como fora de harmonia com as dadas indicações bíblicas, relativas a maneira das suas manifestações, como veremos. Em lugar disso, é o plano do Senhor que o seu Reino espiritual comunicará, operará, e manifestará a sua presença e poder por meio de seres humanos, carnais terrestres. Tal como o príncipe deste mundo, Satanás, ainda que não visto pelos homens, exerce uma influência extensa no mundo por intermédio daqueles que estão sujeitos a ele, possuindo e sendo controlados pelo seu espírito, do mesmo modo o novo Príncipe da Paz, o Senhor principalmente operará e manifestará a sua presença e poder por meio de seres humanos, sujeitos a ele e possuindo e sendo controlados pelo seu espírito.

Ver com o olho natural e ouvir com o ouvido natural não é tudo que se pode ver e ouvir. “Ninguém jamais viu a Deus.” Assim, no entanto todos os filhos de Deus o têm visto e conhecido, e tido comunhão com ele. (João 1:18; 5:37; 14:7) Ouvimos o convite de Deus, a nossa “vocação celestial”, ouvimos a voz do nosso Pastor, e estamos constantemente fitando os olhos em Jesus, e vemos o prêmio, a coroa da vida que ele promete — não por vista e ouvido natural, senão pelo nosso entendimento. Muito mais preciosa é a visão que temos do nosso Senhor glorificado como ser espiritual, Rei da glória exaltado soberanamente, tanto nosso Redentor como nosso Rei, pelos iluminados olhos do nosso coração e fé, do que a visão dada ao olho natural antes de Pentecostes.

Havia uma necessidade do nosso Senhor aparecer em tal maneira ante seus discípulos, depois da sua ressurreição, qual necessidade não existirá no seu segundo advento. De fato, aparecer assim no seu segundo advento seria prejudicial ao propósito que havia de efetuar-se nesse então. Seu objetivo de aparecer a seus discípulos depois da sua ressurreição foi o de convencê-los que, aquele que foi morto, está vivo pelos séculos, para que eles pudessem ir adiante como testemunhas do fato da sua ressurreição (Luc. 24:28), e para que pudesse ser o seu testemunho um firme fundamento para a fé de gerações vindouras. Desde que ninguém pode vir a Deus com aceitabilidade, para receber o espírito de adoção, sem fé em Cristo, tornou-se necessário não somente por causa dos discípulos naquele tempo, mas também a todos depois, que as evidências da sua ressurreição e transformação sejam tais que os homens naturais pudessem compreender e apreciar. Depois de tornarem-se participantes do Espírito Santo e entenderem coisas espirituais (Veja I Cor. 2:12-16), poderiam ter crido aos anjos diante do sepulcro, que ele tivesse ressurgido da condição de ser morto, ainda se tivessem visto o corpo carnal do Cristo Jesus, homem, todavia deitado no sepulcro; mas não antes — o corpo havia de estar ausente para fazer possível a eles a fé na sua ressurreição. Depois do Espírito Santo habilitá-los a discernir as coisas espirituais, poderiam ter crido no testemunho dos profetas que ele precisava morrer e ressurgir dentre os mortos, e que seria exaltado soberanamente como Rei da Glória, sem haver necessidade de aparecer como um homem, e assumir vários corpos de carne como também um vestuário, para que eles pudessem tocá-lo e vê-lo ascender. Porém, tudo isso foi necessário a eles e a todos os homens naturais. Crendo, nós nos aproximamos de Deus por meio dele e recebemos a remissão dos pecados e o espírito de adoção, para compreendermos as coisas espirituais.

Ainda quando estava removendo os obstáculos naturais à fé, por assumir forma humana, etc., o nosso Senhor convenceu os discípulos, e os fez testemunhas para outros, não pelo seu tato natural e visão, senão por raciocinar com eles sobre as Escrituras: “Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas.” (Luc. 24:45-48) Pedro também declara este propósito claramente, dizendo: “A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas predeterminadas por Deus, a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele [o ressuscitado Jesus] é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.” — At. 10:40-42.

Com o nosso Senhor, depois da sua ressurreição, foi simplesmente uma questão de expediente quanto ao método de aparecer a seus discípulos que efetuaria melhor o seu objetivo, o de manifestar a sua ressurreição e transformação de natureza. De aparecer em uma chama de fogo, como o anjo apareceu a Moisés do meio duma sarça ardente. (Êx.3:2), ele poderia na verdade ter conversado como eles, mas a evidência assim dada estaria longe de ser tão convincente como o método que adotou, tanto para os Apóstolos como para o mundo em geral ao qual deram testemunho.

Se ele tivesse aparecido na glória da forma espiritual, como fez o anjo a Daniel (Dan. 10:5-8), a glória teria sido maior do que as testemunhas poderiam ter suportado. Provavelmente teriam alarmado-se até o grau que seriam incapazes de receber instruções dele. A ninguém, exceto a Paulo, o Senhor nunca apareceu desta maneira; e Paulo ficou dominado por essa aparição instantânea da sua glória que caiu por terra e foi cegado pela sua luz, que excedia o esplendor do sol ao meio-dia.

No nosso exame do método de manifestação adotado pelo nosso Senhor durante esses quarenta dias, vimos que ele “permitiu” a fazer-se manifesto ainda que às escolhidas testemunhas somente umas poucas vezes, e ainda apenas brevemente. O tempo inteiro que ele manifestava-se a eles, se fosse reduzido a um dia, em vez de ser de tempo em tempo durante os quarenta dias, provavelmente teria sido menos de doze horas, ou a octogésima parte de todo esse tempo. Sendo isto verdadeiro, é evidente que ele estava presente com eles invisível quase setenta e nove a octogésima parte desse período de quarenta dias. E ainda quando lhes fazia manifestações, não eram (exceto uma vez, no caso do São Tomé) numa forma exatamente como a que tão intimamente tinham conhecido durante três anos, e que tinham visto apenas uns poucos dias antes. Nem sequer uma vez está notificado que o conhecessem pelas feições familiares do seus rosto, nem ainda que fosse reconhecido pela mesma aparência como em outras manifestações.

Maria supôs que fosse “o jardineiro”. Para os dois no caminho de Emaús foi “um peregrino”. Foi como um forasteiro para os pescadores no mar da Galiléia, e para os onze no cenáculo. Em toda ocasião foi reconhecido pelas suas ações, palavras, ou pelos tons familiares da sua voz.

Quando Tomé declarou que somente a prova que satisfaria os seus sentidos naturais da vista e o toque seria aceitável para ele, o Senhor, ainda que admitiu a sua exigência repreendeu-o levemente, dizendo: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.” (João 20:27-29) A evidência mais forte foi esta que não apresentou-se à vista natural; e mais abençoados são os que estão prontos para receber a verdade por meio de quaisquer provas que Deus digne-se de confirmá-las.

Assim Jesus lhes demonstrou, não somente que teve o poder de aparecer numa variedade de maneiras e formas, senão também que nem sequer um desses corpos que eles viram fosse o seu glorioso corpo espiritual ainda que os fatos da sua ressurreição e presence manifestaram-se assim a eles. As distintas formas, e os longos intervalos de presença invisível sem nenhuma manifestação aparente, evidenciou o fato que ainda que o seu Senhor e Mestre estava vivo e ainda não tinha subido ao Pai, já era um ser espiritual, realmente invisível à vista humana, porém com a habilidade de manifestar a sua presença e poder numa variedade de maneiras como aprouver.*

A criação do corpo e da roupa em que apareceu a eles, no mesmo quarto em que estavam reunidos, foi prova inquestionável de que Cristo já não era mais um humano, ainda que assegurou aos seus discípulos de que o corpo que eles viram, e que Tomé apalpou, foi um verdadeiro corpo de carne e ossos, e não uma mera visão ou aparição.** Como ser humano não poderia entrar no quarto sem abrir a porta, mas como ser espiritual podia, e lá num instante criou e assumiu tal corpo de carne e tal roupa qual achou conveniente para o propósito pretendido.

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*A ocorrência registrada por Lucas (4:30) não deve considerar-se como um caso paralelo ao seu aparecimento depois da sua ressurreição. Esse não foi um desaparecimento no sentido de tornar-se invisível ao povo. Foi apenas um ágil movimento rápido, pelo qual iludiu o desígnio mortífero dos seus inimigos. Antes de que tinham efetuado seus planos para a sua morte, ele virou-se, e, passando pelo meio deles, ninguém tinha coragem ou poder para molestá-lo, porque ainda não era chegada a sua hora.

**Que ninguém precipitadamente suponha que aqui estamos seguindo o Espiritismo, ou qualquer outro ismo. Estamos simplesmente seguindo e logicamente conectando os preceitos apostólicos. A vasta diferença entre o ensino bíblico, isto é, a falsificação dele promulgada por Satanás, conhecida por Espiritualismo, nós distintamente discerniremos e examinaremos num volume seguinte. É suficiente aqui indicar que o Espiritismo procura a comunicação entre homens mortos e homens vivos, enquanto a Bíblia condena a isto (Is. 8:19), e ensina que tais comunicações quais foram verdadeiras têm sido feitas somente por seres espirituais, tais como anjos, e pelo nosso Senhor; e não pelo nosso Senhor enquanto foi “Cristo Jesus, homem”, nem enquanto ele estava morto, senão depois da sua ressurreição, quando tinha tornado-se “espírito vivificante”.

Nem por um momento podemos admitir a sugestão oferecida por alguns, de que o nosso Senhor abrisse as portas sem ser observado; porque o registro é bem claro que, chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles — provavelmente muito cuidadosamente estavam também barradas as portas cerradas “por medo dos judeus”. — João 20:19, 26.

A lição da sua natureza transformada foi ainda enfatizada pela sua maneira de sair da vista deles: “ele desapareceu de diante deles”. O corpo humano de carne e ossos, etc., e a sua roupa, nos quais apareceu repentinamente com as portas cerradas não saiu pela porta, senão simplesmente desaparecia ou dissolvia-se em mesmos elementos dos quais os tinha criado há uns poucos momentos. Ele desaparecia de diante deles, e já não era mais visto por eles quando a carne e os ossos e a roupa no qual tinha manifestado-se eram dissolvidos, ainda que sem dúvida continuava com eles — invisivelmente presente; e assim como consta grande parte do tempo durante esses quarenta dias.

Em ocasiões especiais, para instrução especial, Deus tem dado poder semelhante a outros seres espirituais, anjos, habilitando-lhes aparecer como homens, em corpos de carne e ossos que comeram e falaram a esses, aos quais instruíram exatamente assim como o Senhor fez. Veja Gên. 18; Juí. 6:11-22; 13:3-20; e os comentários sobre estes no Vol. I, pp. 206 a 210; ou pp. 178-180, 2.ª edição.

O poder manifestado pelo nosso Senhor, e pelos anjos que mencionados, para criar e dissolver a roupa em que apareceram, foi igualmente sobre-humano como a criação e dissolução dos seus corpos humanos assumidos; e os corpos não foram mais os seus corpos espirituais gloriosos nem foram as roupas que usaram. Deve-se lembrar que a túnica sem costura e outras vestes que nosso Redentor usava antes da sua crucificação foram repartidas entre os soldados romanos, e que o lenço estava enrolado num lugar à parte no sepulcro (João 19:23, 24; 20:5-7), assim que as roupas com quais apareceu nas ocasiões mencionadas, precisavam ter sido criadas especialmente, e provavelmente foram as mais apropriadas para cada ocasião. Por exemplo, quando apareceu como um jardineiro a Maria, provavelmente estava com tal roupa qual um jardineiro usaria.

Que os corpos nos quais o nosso Senhor apareceu foram verdadeiros corpos humanos, e não meras ilusões, ele deu a eles para entenderem claramente quando comeu diante deles, e convidou-os para apalparem-no e verem que o corpo era verdadeira carne e verdadeiros ossos, dizendo: “Por que estais perturbados? ... Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpaime e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho.”

Alguns cristãos tiram umas conclusões muito absurdas desta expressão do nosso Senhor quanto à realidade do seu adotado corpo de carne e ossos. Eles consideram o corpo assumido como o seu corpo espiritual, e declaram que um corpo espiritual é carne e ossos, e semelhante a um corpo humano, com exceção de que alguma coisa indefinível, que eles chamam espírito, flui pelas suas veias em vez de sangue. Parecem desatender a declaração do nosso Senhor, de que este não era um corpo espiritual — porque um espírito não tem carne nem ossos. Se acaso esquecem o relato de João, de que “ainda não é manifesto” o que é um corpo espiritual, e que não saberemos até que seremos transformados e feitos “semelhantes a ele” porque assim como é o veremos? (I João 3:2) Se também esquecem a declaração explícita do apóstolo Paulo de que “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus”? — e a sua garantia adicional de que portanto todos os herdeiros de Cristo também serão “transformados”? — I Cor. 15:50, 51.

Muitos cristãos têm a idéia que o glorioso corpo espiritual do nosso Senhor é o mesmo corpo que foi crucificado e depositado no sepulcro de José; esperam, quando verem o Senhor em glória, identificá-lo pelas cicatrizes que recebeu no Calvário. Isto é um grande erro, o qual deve manifestar-se com um pouco de consideração. — Primeiro, provaria que o seu corpo ressuscitado não fosse glorioso nem perfeito, senão cicatrizado e desfigurado. Segundo, provaria que de fato soubéssemos o que é um corpo espiritual, apesar da declaração do Apóstolo ao contrário. Terceiro, provaria que o preço da nossa redenção tivesse sido retirado, pois Jesus disse: “darei pela vida do mundo ... a minha carne”. Foi a sua carne, a sua vida como um homem, a sua humanidade, a qual foi sacrificada para a nossa redenção. E quando ele foi vivificado de novo pelo poder do Pai, não foi para a existência humana; porque esta foi sacrificada como o preço de nossa compra. E se esse preço tivesse sido retirado, estaríamos ainda sob a condenação da morte, e sem esperança.

Não temos mais razão de supor, que o corpo espiritual do nosso Senhor depois da sua ressurreição seja um corpo humano, nem temos motivo para supor, que o seu corpo espiritual antes do seu primeiro advento fosse humano, ou que outros seres espirituais tenham corpos humanos; porque um espírito não tem carne nem ossos; e, diz o apóstolo Pedro, o nosso Senhor foi morto na carne, mas vivificado no espírito.

Não obstante, o corpo humano do nosso Senhor foi removido sobrenaturalmente do sepulcro; porque se tivesse ficado lá, teria sido um obstáculo insuperável à fé dos discípulos, que ainda não foram instruídos nas coisas espirituais — pois “o Espírito ainda não fora dado”. (João 7:39) Não sabemos nada a respeito do que foi feito dele, salvo que sabemos que não teve decomposição nem corrupção. (At. 2:27, 31) Quer fosse dissolvido em gases, quer ainda esteja preservado em algum lugar como o grande memorial do amor de Deus, da obediência de Cristo, e da nossa redenção, ninguém sabe — nem é necessário tal conhecimento. Que Deus milagrosamente escondeu o corpo de Moisés, está nos assegurado (Deut. 34:6; Jud. 9) e que como memorial Deus milagrosamente preservou de corrupção o maná no vaso de ouro, o qual foi posto na Arca sob o Propiciatório no Tabernáculo, e que era um símbolo da carne do nosso Senhor, o pão do céu, também sabemos. (Êx. 16:20, 33; Heb. 9:4; João 6:51-58) Por isso, não nos surpreenderá, se no Reino, Deus mostrar ao mundo o corpo de carne, crucificado para dar por todos o resgate como seu representante — não permitindo a corrupção, mas preservando como perpétuo testemunho do amor infinito e da obediência perfeita. É pelo menos possível que João 19:37 e Zacarias 12:10 possam ter tal cumprimento. Aqueles que clamavam: “Seja crucificado”, talvez poderão, como testemunhas, identificar o mesmo corpo furado pela lança e rasgado pelos cravos e espinhos.

Considerar o corpo glorioso do nosso Senhor como um corpo de carne de modo algum não presta esclarecimentos a respeito dos seus aparecimentos peculiares e repentinos durante esses quarenta dias antes da sua ascensão. Como poderia ele tão repentinamente aparecer e então desaparecer? Como foi que ele ocultou-se quase constantemente invisível durante esses quarenta dias? E por que foi que a sua aparência cada vez estava tão alterada para não ser reconhecida como a mesma vista em qualquer outra ocasião anterior, nem como o que estava tão bem conhecido e amado por todos, antes da sua crucificação — apenas uns poucos dias antes? Não bastará meramente dizer que estes foram milagres, pois então algum uso ou necessidade de milagres deveria ser mencionado. Se o seu corpo depois da sua ressurreição fosse carne e ossos, e o mesmo corpo que foi crucificado, com todas as feições e cicatrizes, por que fez milagres que não somente não estabeleceram esse fato, mas também foram provavelmente como vemos, para ensinar ao contrário? — que ele mesmo já não era humano — carne e ossos — mas um ser espiritual que podia ir e vir como o vento, assim que ninguém poderia saber donde vinha e para onde ia, porém quem, para o propósito de instruí-los, apareceu como um homem em vários corpos de carne e ossos que ele criava e dissolvia segundo as ocasiões requeressem. Antes da crucificação do nosso Senhor, ele tinha relações amistosas com os seus discípulos, mas depois da sua ressurreição, ainda que o seu amor para eles não tinha diminuído, a sua maneira para com eles estava mais reservada. Sem dúvida, isto foi para impressioná-los mais forçosamente com a dignidade e honra da sua alta exaltação, e para inspirar a devida referência à sua personalidade e autoridade. Ainda que como um homem, Jesus, nunca necessitou dessa dignidade de comportamento que merece respeito, contudo, maior reserva e expediente eram necessaries depois da sua transformação em natureza divina. Tal reserve sempre tem sido mantida por Jeová para as suas criaturas, e é expediente diante das condições. Esta reserva marcava todas as conversações do nosso Senhor com os seus discípulos depois da sua ressurreição. Eram muito breves, ainda como ele tinha dito: “Já não falarei muito convosco”. — João 14:30.

Esses que crêem que o nosso Pai celestial é um espírito e não um homem, não devem de achar nenhuma dificuldade em compreender que o nosso Senhor Jesus, que já está agora enaltecido à natureza divina, e que é não somente uma semelhança moral de Deus, mas também de fato “a expressa imagem do seu Ser”, do Pai, já não é mais um homem, mas um ser espiritual, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver sem um milagre. É realmente tão impossível os homens verem a glória desvelada do Senhor Jesus, isto é como eles olhassem para Jeová. Pensai por um momento como ainda uma reflexão da glória espiritual afetou a Moisés e Israel no Sinai. (Heb. 12:21; Êx. 19;20:19-21; 33:20-23; 34:29-35) “E tão terrível era a visão”, tão opressiva e temível, “que Moisés disse: Estou todo aterrorizado e trêmulo”. E ainda que Moisés esteve fortalecido de modo sobrenatural para olhar à glória do Senhor, assim que durante quarenta dias e quarenta noites, sozinho com Deus, abrigado pela sua glória e sem comida, sem bebida, recebeu e escreveu a lei divina (Êx. 34:28); entretanto, quando desejou ver o Senhor face a face, foi lhe dito: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver a minha face e viver.” (Êx. 33:20) Tudo o que Moisés já viu, portanto, foi uma aparição representando a Deus, e nada mais foi possível. Isto está de acordo, também, com as declarações do Apóstolo: “Ninguém jamais viu a Deus.” Ele é o Rei imortal, invisível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver [jamais]. (I Tim. 6:15, 16) No entanto que os seres espirituais podem ver e vêem a Deus, que ele mesmo é um ser espiritual, está claramente declarado. — Mat. 18:10.

Se o nosso Senhor é ainda “Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos” (I Tim. 2:5, 6) — embora sendo morto na carne e fosse ressuscitado à mesma carne, e não, como o Apóstolo declara, um espírito vivificante — então em vez de ser exaltado muito acima dos anjos e de todo nome que se nomeia tanto no céu como na terra, seria ainda um homem. E se mantivesse a forma de servo, que tomou por causa da paixão da morte por todos, e fosse ainda um pouco menor do que os anjos, nunca poderia ver a Deus. Mas quão irracional é tal opinião quando plenamente examinada à luz do testemunho apostólico. Tomai em consideração, também, que se a carne do nosso Senhor, que foi furada e ferida com cravos e lança e coroa de espinhos, e marcada com tristeza, seja o seu glorioso corpo espiritual; e se as cicatrizes e desfiguradas feições humanas fossem partes ou parcelas do Senhor exaltado, estariam muito longe do caráter ou natureza do que é de belo, ainda que amássemos as feridas suportadas por causa de nós. E se ele ainda possuísse um corpo imperfeito cicatrizado e desfigurado, e se seremos semelhantes a ele, não significaria que os Apóstolos e santos que foram crucificados, decapitados, apedrejados mortalmente, queimados, cortados em pedaços dilacerados por feras, assim como aqueles que foram acidentados, possuíssem cada um do mesmo modo os seus defeitos e cicatrizes? E nessa perspectiva não se apresentaria o céu um espetáculo muito horrível — por toda a eternidade? No entanto, isto não é o caso, e ninguém poderia defender por longo tempo tão desarrazoada opinião em desacordo com a Escritura. Seres espirituais são perfeitos em todo particular; e assim o Apóstolo faz lembrar à Igreja, que são herdeiros da glória e honra celestial ou espiritual: Semeia-se em ignomínia [com rugas causadas por preocupações e tristezas, etc.], é ressuscitado em glória. Semeia-se [na morte] em fraqueza [cicatrizes e feridas, etc.], [o ser] é ressuscitado em poder. Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. E assim como trouxemos a imagem do [pai] terreno, traremos a imagem do [Senhor] celestial. (I Cor. 15:42-51) O nosso Senhor Jesus por amor de nós tomou e trouxe também a imagem do terreno, por algum tempo, para nos redimir. Porém na sua ressurreição tornou a viver, para ser Senhor [celestial] (Rom.14:9), e nós, se fiéis, logo traremos a imagem do Senhor celestial (corpos espirituais), como agora todavia trazemos a imagem do senhor terreno, Adão (corpos humanos).

Lembrai o caso de Paulo — Afim de que pudesse ser um dos Apóstolos, teve que tornar-se uma testemunha — devia ver o Senhor depois da sua ressurreição. Não foi um daqueles que viram as manifestações da ressurreição e presença durante os quarenta dias, por isso foi dada a ele uma especial aparição instantânea do Senhor. Mas o viu, não como os outros o viram — não velado na carne com roupa de várias formas. E o magnífico esplendor da gloriosa pessoa desvelada do nosso Senhor causou-lhe a cair por terra, cegado por uma glória que muito “excedia o esplendor do sol” ao meio-dia: desde que ficou cego, para restaurar-lhe a visão ainda que parcialmente requeria um milagre. (At. 9:17, 18) E Paulo não viu o Senhor como é — um ser espiritual? E não foi que o nosso Senhor durante os quarenta dias aparecia como era, isto é, como tinha sido previamente, para os propósitos especiais e razões já indicados? Aqui não dá lugar a dúvida sobre isto. Mas o Senhor tinha um objetivo de aparecer assim a Paulo, exatamente como ele tinha feito, e serviu um outro objetivo por aparecer de maneira distinta aos outros. Paulo demonstra este objetivo, dizendo: “e por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo”. (I Cor. 15:8) Tal como a ressurreição do nosso Senhor foi o seu nascimento dentre os mortos, para plena perfeição de ser espiritual (Col. 1:18; Rom. 8:29), assim a ressurreição da Igreja, o corpo de Cristo, aqui e em outras partes refere-se assim como a um nascimento. No nosso nascimento ou ressurreição como seres espirituais, veremos ao Senhor assim como é, exatamente como Paulo o viu; mas nós, sendo transformados ou nascidos então, como seres espirituais, não seremos acometidos para baixo nem cegados pela vista da gloriosa pessoa do nosso Senhor. A declaração de Paulo significa que viu o Senhor como o veremos — “assim como é”: Paulo o viu assim como todo o corpo de Cristo (a Igreja) o verá, mas viu o Senhor antes do tempo próprio, ainda antes de nascer dentre os mortos, e portanto antes de estar apto para suportá-lo esta aparição, mas “assim como” cada um nascido desta maneira (na primeira ressurreição) no tempo próprio o verá.

Moisés, descendo do monte para comunicar a Israel o Pacto da Lei, foi um tipo do mais grande Legislador e Mediador do Novo Pacto, que no seu segundo advento vem para governar e abençoar o mundo. Portanto, Moisés tipificou a Igreja inteira, da qual o Senhor é a Cabeça. O rosto de Moisés resplandecia, assim que o povo não pôde olhar para ele, e ele pôs um véu, como tipo da glória spiritual de Cristo, uma ilustração do assunto que agora estamos examinando. Cristo tem a verdadeira glória e resplendor, sendo a expressa imagem do Ser do Pai, seremos semelhantes a ele, e nenhum homem pode olhar para essa glória; Por isso qualquer manifestação do Legislador nesse particular será para o mundo quando a glória do Senhor há de ser revelada, a glória dos seres espirituais não se pode ver. Falarão através do véu — sob a cobertura. Isto, tanto como mais, foi significado pelo véu de Moisés. — Êx. 34:30-33.

Ao passo que damos à matéria estudo cuidadoso, cada vez mais e mais chegamos a reconhecer a sabedoria divina mostrada na maneira de revelar a ressurreição do nosso Senhor aos Apóstolos, para que pudessem ser de uma parte a outra testemunhas convencidas e de confiança, e para que os mansos e humildes do mundo pudessem ser capazes de aceitar o seu testemunho e crer que Deus levantou o nosso Senhor dentre os mortos — para que pudessem reconhecer aquele que foi morto, mas agora está vivo pelos séculos dos séculos, e, crendo pudessem vir a Deus por meio dele. E assim como o consideramos sob a direção do Espírito Santo da verdade, as nossas mentes expandem-se e já não vemos a Cristo Jesus como homem, senão como o Senhor da glória e do poder, participante da natureza divina. Assim conhecemos a ele, para cuja vinda e reino a Igreja tão sinceramente tem orado e anelado. E ninguém propriamente reconhecendo o seu grande enaltecimento pode esperar na sua Segunda vinda o Cristo Jesus, homem, no corpo da carne preparado para sacrifício e ferido e dado à morte como o nosso resgate. Nem deveríamos esperar que na sua segunda vinda apareceria ou manifestar-se-ia em várias formas de carne e ossos ao mundo — o que era necessário para primitivas testemunhas, mas agora já não é necessário. Como veremos, manifestará a sua segunda presença de maneira muito distinta.

Do que temos visto com respeito a seres espirituais e suas manifestações em tempos passados, é evidente que se o nosso Senhor se manifestar no seu segundo advento, ou por abrir os olhos dos homens para verem a sua glória, assim como fez com Paulo e Daniel, ou por assumir um corpo humano, seria prejudicial ao plano revelado na sua Palavra. O efeito de aparecimento ao mundo, seus olhos sendo preparados milagrosamente para habilitálos a vê-lo, seria quase que paralisá-los com a visão irresistível, enquanto a aparição como um homem seria rebaixar os padrões de dignidade e dar uma avaliação mais baixa do que a verdadeira da sua natureza divina e forma. Visto que nenhum pareceria ser necessário ou recomendável agora, não devemos presumir que qualquer destes métodos será adotado.

Ao contrário, deveríamos esperar que o Cristo fosse manifesto na carne da humanidade da mesma maneira que quando o Senhor “se fez carne” e habitou entre os homens, Deus foi manifestado na carne dele. A natureza humana, quando perfeita e em harmonia com Deus, é uma semelhança de Deus na carne; daqui o originalmente perfeito Adão foi uma semelhança de Deus, e o perfeito Cristo Jesus, homem, também o foi; assim que pôde dizer ao discípulo Filipe, qual pediu ver o Pai, “Quem me viu a mim, viu o Pai” — este tem visto a semelhança de Deus na carne: “Aquele que se manifestou em carne”.

Da mesma maneira, também, a humanidade em geral, assim como os seus membros voltam gradualmente à imagem de Deus, perdida há muito tempo, serão na carne imagens e semelhanças do Pai e do Cristo. Exatamente no começo do Milênio, como temos visto, haverão exemplos de humanidade perfeita perante o mundo (Volume I, Estudo XIV). Abraão, Isaque e Jacó, e os santos profetas, já provados e aprovados, serão os “príncipes” entre os homens, os expoentes e representantes do invisível reino espiritual. Nestes será Cristo manifestado — na carne deles — ainda assim como o Pai foi manifestado na carne dele. E ao passo que “quem quiser” chegar à perfeição e entrar em plena harmonia com a vontade de Cristo, cada tal será uma imagem de Deus e de Cristo, e em cada um destes Cristo será manifestado.

Por causa de ser criado à imagem moral de Deus, o homem perfeito, plenamente consagrado, será capaz de apreciar perpetuamente o Espírito Santo e a Palavra de Deus; e a Igreja glorificada dirigi-lo-á. Sem dúvida, também, visões e diretas revelações, e comunicações gerais entre o reino espiritual e os seus expoentes e representantes terrestres, serão muito mais livres e gerais do que comunicações similares já têm sido antes — mais livres segundo a ordem das comunicações do Éden, antes de que o pecado trouxe condenação e separação do favor e comunhão de Deus.

Nada, então, tampouco em razão ou nas Escrituras Sagradas, demanda que o nosso Senhor no seu segundo advento aparecerá em vários corpos de carne e ossos. Esse tal proceder não é essencial, evidencia-se pelo sucesso do reino de Satanás, que opera através de seres humanos como agentes. Aqueles que participam do espírito do mal e erro representam o grande príncipe invisível, e em maior parte completamente. Ele é, assim manifestado na carne deles, ainda que é pessoalmente um ser espiritual, invisível aos homens.

Os membros do Cristo “transformados”, feitos participantes da natureza divina, serão seres espirituais assim como na realidade o é Satanás, e igualmente invisíveis aos homens. As suas operações serão de maneira parecida; ainda que diretamente opostas em caráter e resultados; os seus agentes honrados, não constrangidos e feitos escravos pela ignorância e fraqueza, assim como é a maior parte dos servos de Satanás, mas feitos perfeitos, e “verdadeiramente livres”, agirão inteligentemente e harmoniosamente a partir da escolha e do amor. E as suas nomeações serão prêmios da justiça.

A presença do nosso Senhor será manifestada ao mundo por exibições com “poder e grande glória”, não, no entanto, somente à vista natural, senão aos olhos do seu entendimento, enquanto abrirse-ão a uma apreciação das grandes mudanças que o novo Governador efetuará. A sua presença e justa autoridade reconhecerse-ão em ambos: os castigos e as bênçãos que fluirão para a humanidade do reino dele.

Por muito tempo tem sido geralmente crido que a desgraça e tribulação vêm como castigo pelas más ações, sobre os maus. Parecendo isto ser uma lei natural e própria, o povo em geral o tem aceitado, pensando que deveria de ser assim, ainda se isto não é assim; todavia os fatos difíceis da experiência concordam com a Bíblia, que no passado foram os piedosos que muitas vezes têm padecido muitas perseguições e aflições. (2 Tim. 3:12) Porém no “dia de angústia”, o período de quarenta anos* introduzindo o reino do Messias, esta ordem começará a inverter-se. Nesse dia os poderes do mal serão derrotados; e a justiça, estabelecida por um processo gradual, rapidamente aplicará uma retribuição correspondente aos malfeitores, e bênçãos para os que tiverem feito o bem, — “tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, ... glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem” — nesse “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras”. (Rom. 2:9, 10, 5, 6) E visto que agora existe tanto mal, a retribuição será muito forte no começo, fazendo um “tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação”. Assim na vingança, e tribulação, e ira sobre as nações, revelará o Senhor ao mundo o fato da mudança das dispensações, e a mudança de governadores; porque, quando os juízos do Senhor “estão na terra, os moradores do mundo aprendem justiça”. (Is. 26:5-11) Aprenderão que sob a nova ordem de coisas os fazedores da justiça hão de ser enaltecidos, e os malfeitores restringidos e punidos. Para claro testemunho profético relativo a este reino e a sua operação a favor dos humildes, os justos, os pobres, os necessitados e os oprimidos, e sua ruína de monopólios e de todo sistema da injustiça e opressão, e a igualdade geral dos afazeres, pode ler cuidadosamente os Salmos 72:1-19; 37:1-14.

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*Veja o Prefácio do Autor

O nosso Rei assim revelar-se-á gradualmente: alguns discernirão o novo Governador prontamente antes do que os outros. Mas ultimamente “todo olho o verá [horao — discernirá]”. (Apoc. 1:7) “Eis que vem com as nuvens”, e enquanto as nuvens de tribulação estão pesadas e escuras, quando os montes (reinos deste mundo) estão tremendo e caindo, e a terra (sociedade organizada) está sendo abalada, desintegrada, e derretida, alguns começarão a compreender o que agora proclamamos como já perto — que o grande dia de Jeová tem vindo; que o predito dia de indignação, e dia de tribulação e de angústia sobre as nações está começando; e que o Ungido de Jeová está tomando o seu grande poder, e começando o seu trabalho, de fazer o juízo a linha para medir, e a justiça o prumo. (Is. 28:17) “Pois é necessário que ele reine até que haja posto” abaixo todas as autoridades e leis na Terra contrárias a essas que controla no Céu.

Quando a tribulação aumentar-se-á, os homens procurarão, mas em vão, a proteção nas “cavernas” e nas grandes rochas e fortalezas da sociedade (Livre Maçonaria, Uniões Comerciais, Corporações, Trustes, e todas as sociedades mundanas e eclesiásticas), e nos montes (governos) da terra; dizendo: “Caí sobre* nós, [cobri-nos, protegei-nos] e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da ira deles”. Apoc. 6:15-17.

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*A palavra grega epi, aqui usada, é geralmente traduzida sobre, mas tem também o significado de sobre e ao redor, e é assim traduzida muitas vezes na versão comum. O pensamento é esse de proteção, não de destruição. A opinião comum desta passagem, de que ensine que os homens maus ganhassem a fé suficiente como para rezar que os montes literais caíssem, é absurdo. O cumprimento verdadeiro já está começando: os grandes, os ricos, e também os pobres, estão procurando os montes, rochas e cavernas para abrigo do tenebroso temporal de tribulação que todos vêem estar em formação.

A idolatria do dinheiro na qual o mundo inteiro se tem enlouquecido, e a que há de ter tão proeminente lugar na tribulação, causando a ansiedade não apenas para a sua acumulação, senão também para a sua preservação, há de ser completamente arruínada, assim como indica em Isaías 2:8-21, e Ezequiel 7:17-19.

O grande dia de tribulação será reconhecido, e da sua tempestade todos buscarão a proteção, ainda que poucos reconhecerão a justice do Senhor e os seus juízos então amplamente no mundo como resultado da sua presença, o estabelecimento da sua autoridade, e a execução das suas leis. No fim, entretanto, todos reconhecerão [“verão”] o Rei da Glória; e todos aqueles que então amam a justice com regozijo o obedecerão e se conformarão plenamente com suas exigências justas.

Esse será um tempo de retribuição e todos que por fraude e por força, às vezes no nome da lei e sob a sua sanção, têm injustamente tomado os direitos ou a propriedade de outros. A retribuição, como temos visto, virá do Senhor, por meio do levantamento do povo. Na sua angústia, relutantes em repartir um dólar ou um acre de terra, ou um assumido direito ou dignidade por muito tempo desfrutado e por muito tempo não disputado, mas vendo a retribuição aproximar-se, muitos buscarão a cobertura das até agora poderosas organizações — civis, sociais, e eclesiásticas — para promover e proteger os seus interesses, sentindo que sozinhos serão obrigados a caírem. Porém, estas não poderão livrá-los no dia da ira do Senhor. O aproximado conflito e retribuição causarão lamentação a todas as famílias da Terra; pois será um tempo de tribulação qual nunca houve, desde que existiu nação — nem jamais haverá de novo. Será “sobre ele” que se lamentarão; por causa dos seus juízos produzindo numa maneira natural a grande tribulação; porque o Senhor se levanta para assombrar a terra, e para destruir as suas corrupções. (Is. 2:21) Os juízos e a tribulação serão tão profundos e atingíveis que ninguém escapará. Ultimamente todo olho discernirá a mudança, e reconhecerá que o Senhor reina. A tribulação poderia ser muito reduzida, se os homens pudessem ver e prontamente fazer segundo os princípios da eqüidade, ignorando e abandonando todos os privilégios injustos do passado, ainda que legalizados. No entanto, o egoísmo não permitirá a isto, até a tribulação arruinar e derrotar os orgulhosos, humilhar os poderosos, e enaltecer os humildes.

Entretanto, não antes que o grande dia de tribulação esteja quase terminando — não antes que os reinos gentios sejam reduzidos a pó e completamente removidos, e não se possa achar nenhum vestígio deles (1915 d. C.; como mostrado no capítulo anterior) — não antes que a grande Babilônia esteja completamente derrotada e a sua influência sobre o mundo seja quebrada — poderá a grande massa da humanidade dar-se conta do verdadeiro estado de coisas. Então verão que a grande tribulação pela qual terão passado, foi essa simbolicamente chamada “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Apoc. 16:14); que na proporção que tinham ajudado o erro e a injustiça, tinham estado lutando contra a lei e as forças do novo domínio e do novo Governador da Terra; e que na proporção que as suas línguas, e penas, e mãos, e influência, e recursos, foram usados para apoiar a justiça e a verdade em qualquer circunstância, eles tinham estado de tal maneira lutando no partido do Senhor.

Alguns aprenderão o significado da tribulação mais rapidamente do que os outros, porque tornaram-se mais disciplináveis. E durante toda a tribulação estarão no mundo aqueles que darão testemunho da causa dela, declarando a presença do Senhor e o estabelecimento do seu reino — que está em oposição aos poderes da escuridão — a verdadeira causa da tribulação e agitação e transtorno da sociedade, mostrando que todos aqueles que se opõem à verdade e justiça são os inimigos do novo reino, a não ser que rapidamente rendam-se, terão que sofrer derrota ignominiosa. No entanto as massas estarão descuidadas de conselho sábio, como sempre têm estado, até que serão completamente humilhadas sob o regime de ferro do novo reino, apenas finalmente entenderão a loucura do seu proceder.

O professor verdadeiro e portador de luz (Mat. 5:14), a Igreja verdadeira, o corpo de Cristo, não há de ser deixado na escuridão para aprender da presença do seu Senhor pelas manifestações da ira e do poder dele, tal como o mundo aprenderá dela. Para a sua iluminação tem sido feita provisão especial. Pela mais firme palavra profética que alumia em lugar escuro, a Igreja é claramente e definitivamente informada exatamente sobre o que deve esperar. (2 Ped. 1:19) Por meio da palavra profética, esta não apenas estará protegida do desânimo e habilitada para vencer as ciladas, armadilhas e pedras de tropeço tão prevalecentes no “dia mau”, e assim estar aprovada por Deus, mas também se tornará portadora de luz e instrutora do mundo. A Igreja está assim habilitada para indicar ao mundo a causa da tribulação, anunciar a presença do novo Regente, declarar o novo programa de ação, plano e objetivo da nova dispensação, e para instruir o mundo conforme o curso ciente que há de seguir em vista destas coisas. E ainda que os homens não prestarão atenção à instrução até que a lição da submissão haja sido forçada sobre eles pela tribulação, muito ajudá-los-á aprender a lição. Será isto a missão dos “pés”, ou dos últimos membros da Igreja, que anunciarão e proclamarão sobre os montes (reinos) o reino de Cristo começado, ao qual Isaías 52:7 faz alusão.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Apocalipse de Elias

TEXTO INTEGRAL DO LIVRO “REVELAÇÃO DE JEOVÁ AO SEU ORÁCULO ELIAS”
[Traduzido do Espanhol para a Língua Portuguesa]


1 1. A palavra de Jeová veio a mim, dizendo: "Filho do homem, dize a este povo: Por quê acumulais pecado sobre pecado e provocais a ira de Jeová Deus, que é o vosso Criador? 2. Não ameis o mundo nem as coisas do mundo porque o mundo é o orgulho do diabo com a sua própria corrupção. 3. Lembre-se Jeová da glória, que criou tudo, ele teve compaixão de você, para salvar-nos da escravidão da época. 4. Muitas vezes, o diabo quis parar o sol brilhando sobre a terra e as terras deixaram de produzir frutos. Quer consumir os seres humanos como o fogo que atravessa o restolho, engolindo a água. 5. Isso ocorre porque o Deus da glória teve misericórdia de nós e Ele enviou Seu Filho ao mundo para nos salvar do cativeiro. 6. Ele não disse isso a nenhum anjo, arcanjo ou poder, mas tornou-se homem, quando ele veio até nós para nos salvar. 7. Assim são seus filhos como ele é, é seu pai da mesma maneira. 8. Lembre-se que Ele tem preparado tronos e coroas no céu: "Todos aqueles que me ouvem, eles receberão os tronos e coroas ", disse Jeová. 9. "Além disso, eu vou escrever meu nome na fronte deles e no lado direito irei selá-los e nunca estarão com fome ou sede; 10. Mesmo os filhos da desobediência terão poder sobre eles. Os tronos não vão detê-los, mas eles vão marchar com os anjos de minha cidade. " 11. Os pecadores serão envergonhados: não transpassarão o trono, mas o trono de morte deve retê-los e ter domínio sobre eles, 12. porque os anjos de Deus não reconhecê-los-iam, pois são estranhos à casa de Deus. 13. Ouça, os sábios da terra estão em guarda contra os impostores abundantes no fim dos tempos. Por que não acataram as doutrinas de Deus, rejeitaram a lei de Deus, homens que fizeram do seu Deus a barriga, dizendo: " jejum não faz sentido, Deus não o estabeleceu." 14. São eles próprios estranhos à aliança de Deus e, desse modo, não ganham as gloriosas promessas. Esses homens nunca estarão firmemente estabelecidos na fé, então, serão deixados perdidos!
   15. Lembre-se que Jeová estabeleceu o jejum, quando ele fez os céus para ganharem o homem pelas paixões e desejos que estão em guerra contra você, para que os maus não venham te queimar. 16. Mas, "eu criei um jejum puro”, disse Jeová. 17. "O homem que não abandona o pecado nunca, continuamente jejua por inveja ou contenda. 18. O homem que é puro progride. Mas o homem que está em jejum e não é puro, provoca Jeová e os anjos; 19. submetido a sua própria alma ruim, acumulando para si a ira para o dia da ira". 20. "Eu criei um jejum puro de coração puro e mãos limpas; 21. perdoa os pecados, cura doenças, oblitera os demônios, 22. é eficaz diante do trono de Deus, como um adoçante, um perfume, para o perdão dos pecados através da oração pura. 23. O respeitável trabalhador entre vocês iria para o campo sem suas ferramentas em suas mãos? Ou quem vai sair para a guerra sem usar uma armadura no peito? 24. Não pode ser morto, se encontrado, depois de ter desprezado o serviço do rei? 25. Da mesma forma, é impossível para alguém vir ao lugar santo com um coração duplo. 26. O homem que ora com um coração duplo é escuro por dentro e os anjos não o reconhecem. 27. Sempre mantenha o coração em Jeová, para todos os seus propósitos.

2 1. "Pois eis que os reis da Assíria e da dissolução dos céus e da terra e de tudo o que está debaixo da terra, 2. agora, não prevalecem sobre aqueles que pertencem a mim", disse Jeová, ”e eles não temem a batalha." 3. Quando eles vêem um rei aparece para o norte, designado como o rei da Assíria, o rei da injustiça quer fazer interminável guerra contra o Egito e causar muitas perturbações: 4. se a terra geme, vai ter seus filhos. 5. Muitos procurarão a morte, naqueles dias, mas a morte vai se iludir. 6. E um rei surgirá nas terras do Ocidente, a quem chamam o "rei de paz;” 7. Aquele será executado no mar como um leão que ruge;
   8. matará o rei de injustiça e de vingança sobre o Egito para a guerra e derramamento de sangue. 9. Acontecerá naqueles dias que a paz e a ordem mostrarão ser dons desnecessários do Egito. 10. Dar-se-á paz aos santos, dizendo: " O nome de Deus é um." 11. Honor exaltará os santos da cidade santa; 12. dará prendas inúteis para a casa de Deus;
   13. das cidades do Egito, sairão habilmente, sem sabê-lo; 14. vão a lugares sagrados, irão pesar os ídolos do povo, suas riquezas e nomearão os sacerdotes. 15. A Fim de que os sábios da terra e as pessoas grandes sejam detidos e levados para a metrópole à beira-mar, dizendo: "Não há uma única língua! " 16. E quando você ouvir: "Não há Paz e Alegria! " 17. Veja! Eu vou dizer-lhe os sinais que você pode reconhecer: 18. Ela tem dois filhos, um na mão direita e outro na esquerda. 19. Aquele que está à sua direita será a aparência de um demônio e desafiará o nome de Deus. 20. Agora vem de quatro reis o rei. 21. Em seu trigésimo ano vai até Memphis e edifica ali um templo;
   22. seu filho se levantará contra ele e matá-lo-á; 23. toda a terra será abalada. 24. Naquele dia, ele emitiu um decreto em toda a terra, para serem presos os sacerdotes da terra e todos os santos, dizendo: “Todos os dons e todas as coisas boas que lhes deu o meu pai, agora devolverei duas vezes"! 25. Fecharão os lugares sagrados, eles vão tirar suas casas e seus filhos serão presos. 26. Condenados a ser abominável sacrifício para trazer a miséria à terra. 27. Aparece sob o sol e a lua; 28. terra dos sacerdotes rasgando as suas roupas. 29. Ai de vós, os líderes de Egito, naqueles dias, porque o seu dia já passou! 30. A violência praticada contra os pobres voltará contra vocês e seus filhos serão tomados como despojo. 31. Naqueles dias, as cidades do Egito vão chorar porque ouvem a voz do comprador ou do vendedor. 32. Egito, mercados cobertos de poeira. Pessoas a lamentar o Egito do tempo, a morte, mas a morte fugirá e sairá; 33. devem estar sobre as rochas e saltar para baixo, dizendo: " Caí sobre nós!", mas não vão morrer. 34. Problemas de casal virão sobre toda a terra naquele dia: 35. Naqueles dias o rei ordenou que todas as mulheres com filhos no útero fossem presas e levadas perante ele amarradas e que dessem de mamar às cobras, e seu sangue foi espremido de seus seios para ser usado como veneno de flechas. 36. Devido à necessidade de soldados para a guerra, ordenou que todas as crianças com menos de doze anos fossem recrutadas e tivessem que aprender a atirar com arco e flecha. 37. Todas as parteiras da terra se lamentarão na hora e, a mulher ao ter filhos levantará os olhos ao céu, dizendo: “Por que eu sentei na cadeira para dar nascimento e trazer crianças ao mundo?". 38. A estéril e virgem se alegrará, dizendo: "Agora é a hora de eu alegrar-me por não ter filhos na terra, meus filhos estão nos céus." 39. Nesses dias surgirão três reis entre os persas, os judeus estarão no Egito, e voltarão para Jerusalém, para morar e ficar lá. 40. Se vocês ouvirem que "a segurança está em Jerusalém ", em seguida, rasparão seus cabelos! Vocês sacerdotes da terra, porque a vinda do Filho da Perdição não demora. 41. Naqueles dias o ímpio vai aparecer nos lugares sagrados; 42. os reis da Pérsia, para fugir, lutarão contra os reis da Assíria. Quatro reis lutam contra três.
   43. Durará a batalha três anos nesse lugar até que não se possa colocar as mãos no tesouro. 44. Naqueles dias, o sangue será executado a partir de Kos para Memphis. O rio do Egito se transformou em sangue e ninguém pode beber durante três dias. 45. Ai para o Egito e seus habitantes! 46. Naqueles dias o rei aparece em uma cidade chamada "Cidade do Sol". No desânimo da terra inteira e ele vai correr para Memphis. 47. No sexto ano do rei persa, a planejar uma emboscada em Memphis, ele vai matar os reis assírios. Persas vêm da terra. 48. Condenará à execução todos os ateus e os pagãos, e os templos dos pagãos são saqueados e destruídos os seus sacerdotes e enviado para reconstruir os templos sagrados Aquele que é Sumo Sacerdote Eterno. 49. O presente será o dobro do templo de Deus a dizer: "O Nome de Deus é um!". 50. Toda a terra adorará os persas. 51. Então o resto, aqueles que sobreviveram ao ataque, eles dirão: "Este é um rei justo que Jeová nos enviou à terra que não é convertida em um deserto." 52. Instruídos a não dar nada para o rei por três anos e seis meses. A terra está cheia de riquezas. 53. A vida vai encontrar a palavra morte, e: "Levanta-te agora e partilha conosco esta vida de paz.”

3 1. No quarto ano do rei os filhos de iniqüidade aparecerão dizendo: "Eu sou o Messias”, mas eles não são. Não acredite! 2. Quando o Messias vier, virá como um pombo, com uma coroa de pombos que o rodeiam e marchará sobre as nuvens do céu com o sinal da estaca anterior. 3. O universo inteiro vai olhar como o sol que brilha, a partir das regiões do Leste para o Oeste. 4. Então vamos lá, com todos os seus anjos ao redor dele. 5. Os filhos da iniqüidade começam a ficar novamente no lugar santo. 6. Dizem ao Sun: "Queda!" e ele vai cair, vão dizer: "Shine!" e ele vai fazer, vão dizer: “Obscurece-te!" e ele vai. 7. Dirão à lua: "Torna-te sangue!" e ela vai. 8. Atravessarão o céu com eles, andarão sobre o mar e em rios como em terra seca. 9. Isso fará com que os coxos andem, os surdos ouçam, os mudos falem e os cegos vejam. 10. Purificai os leprosos, curai os doentes e tirai demônios. 11. Sinais e maravilhas se multipliquem na presença de todos. 12. Farão o mesmo trabalho do Messias, mas não ressuscitarão os mortos. 13. Por isso, você vai saber que eles são os Filhos de iniqüidade, porque eles não têm poder de dar vida.
   14. Sim, eu vou lhes dizer quais são os sinais que os distinguem, para que sejais capazes de reconhecê-los. 15. Magro homem - é um homem de gramínea -, pernas fracas, alto, com um bloqueio em frente de suas unhas cãs, sobrancelhas chegando aos ouvidos e na frente do lado tem um pedaço de hanseníase. 16. Ele irá se transformar na frente de você e daqueles que procuram, às vezes num velho às vezes numa criança; 17. transformado em todas as suas características, mas os sinais de sua cabeça não podem mudar. 18. Deve saber que ele é o Filho de iniqüidade.

4 1. A virgem, cujo nome é Tabitha ouve que o desonesto apareceu no lugar santo. Ela vai usar sua roupa e com esta persegui-lo na Judéia. 2. Ela terá de reprová-lo por todo o caminho até Jerusalém gritando: "Oh vergonha! O Filho da iniqüidade! inimigo de todos os santos!" 3. Em seguida, a virada vergonhosa da sua raiva contra a virgem, a corrida para o oeste e o beber de seu sangue à tarde, 4. derramado sobre o templo, e ela se tornará uma cura para as pessoas. 5. Ela irá subir novamente pela manhã com reprovação, dizendo: "Ah desavergonhado, você não tem nenhum poder sobre minha alma ou meu corpo, porque eu vivo sempre em Jeová." 6. E ela diria mais tarde, também: "Você tem meu sangue derramado no templo e se tornou a salvação para o povo." 7. Assim, quando Elias e Enoque ouviram que o canalha havia aparecido no lugar santo, se recusaram a lutar, e disseram: 8. " Você não tem vergonha quando você se apega aos santos, mas sempre foi um estranho? 9. Você tem sido um inimigo do que está nos céus e do que está na terra. 10. Você tem sido um inimigo dos tronos e dos anjos, tem sido sempre um profano. 11. Você caiu do céu como a estrela da manhã. Passou a morar longe de casa, você já tinha alienado a sua tribo e você se transformou em trevas para todos. 12. Mas você não tem vergonha quando você chega perto de Deus, porque você é um demônio." 13. O desonesto deve ouvir isso e vai ficar furioso e combatê-los no mercado de grandes cidades. Serão três horas de combate, mas ele vai matá-los. 14. Eles vão estar mortos no mercado durante três dias e meio. E todo mundo verá. 15. Mas no quarto dia eles vão subir e reprová-lo, dizendo: "Oh Oh Filho descarado da iniqüidade, não tem vergonha de enganar o povo de Deus para que você não tenha sofrimento? Não sabe que vivemos em Jeová enquanto podemos censurá-lo cada vez que você diz, 'eu dominei eles! ’ 16. Nós separaremos a carne do espírito e conseguiremos matá-lo, sem que seja possível falar sobre este dia, porque somos fortes em Jeová sempre, mas você está sempre hostil a Deus." 17. O desonesto a ouvir, fica com raiva e luta contra eles. 18. E toda a cidade vai reunir-se em torno deles. 19. Nesse dia, será em cima no céu brilhante como as estrelas e as pessoas vão ver o universo inteiro. 20. O Filho de iniqüidade não domina sobre elas. Conforme sua fúria sobre a terra se comete uma falta contra o povo. 21. Prosseguirá fazendo prisioneiros a todos os santos e com eles os sacerdotes da terra, ante ele; 22. matá-los-á, destruí-los-á e ordenará que sejam retirados os olhos com pregos de ferro; 23. se removerá a pele da cabeça, arrancarão suas unhas uma por uma e será ordenado colocar vinagre e água sanitária em seus rostos. 24. Então, aqueles que não podem suportar a tortura da parte do rei, tomarão o ouro e fugirão pelos vaus dos rios e pelos desertos. Quando morrerem como aqueles que dormem; 25. o próprio Jeová irá receber os seus espíritos e almas. 26. Sua carne será duradoura como uma rocha e nenhum animal vai comê-la até o último dia da grande prova. 27. Então eles vão se levantar e encontrar um lugar de descanso, mas não compartilharão o reino do Ungido como aqueles que resistiram, porque Jeová diz: "Àqueles que resistiram, irei conceder -lhes um lugar à minha direita. Eles vão ficar uma graça para os outros. 28. Eles exterminam o Filho de iniqüidade; verão a dissolução do céu e da terra; 29. eis os beneficiários dos tronos e coroas de glória." 30. Sessenta fiéis serão escolhidos naqueles dias, serão preparados. 31. Eles estarão armados com a armadura de Deus, levados para Jerusalém, eles vão lutar contra o canalha, dizendo: "Todas as maravilhas os profetas desde o início anunciaram que operarias. Mas você não pode ressuscitar os mortos, porque você não tem poder de dar vida. Então nós sabemos que você é o Filho de iniqüidade". 32. O desonesto a ouvir fica com raiva; 33. fixa-se fogo sobre o altar e se colocam os justos, a fim de serem queimados.

5 1. Naquele dia, apavorados muitos mudarão as suas mentes e serão separados dele, dizendo: " Este não é o Messias! O Messias não mata os homens justos e honestos, mas pretende processar e persuadi-los com sinais e maravilhas." 2. Naqueles dias, o Messias terá misericórdia sobre eles e enviará os seus anjos do céu, de quatro em quatro, um total de 1.600, cada um com seis asas. 3. Sua voz vai abalar os céus e a terra quando abençoar e louvar a Jeová. 4. Porém aqueles que têm o nome do ungido na fronte e o selo em sua mão direita, do menor para o maior, colocou-os em suas asas a protegê-los de sua raiva. 5. Em seguida, Gabriel e Uriel formam uma coluna de luzes para levá-los para a terra santa. 6. E darei a comer do fruto da árvore da vida e vesti-los-ei de branco, os anjos vão assisti-los e protegê-los, não estarão com fome ou com sede, e o Filho de iniqüidade não domina sobre eles. 7. Naqueles dias toda a terra será abalada, o sol escurecerá, a paz e o espírito serão banidos da face da terra; 8. árvores serão arrancadas, derrubadas, os animais selvagens e o gado morrerão na confusão e os pássaros caem mortos no chão; 9. haverá secas na terra e o mar vai secar. 10. Os pecadores da terra lamentarão, dizendo: "Por que você fez isso conosco, dizendo: 'Eu sou o Messias’, quando na verdade tu és o diabo? 11. Você não tem poder para salvar, como você pode salvar? Você executou milagres incríveis na frente de nós para afastar o ungido dos criados. Infelizmente, ouvimo-lo! 12. Veja que agora passamos fome!" Sempre haverá algum vestígio de um direito de reverência? Ou quando há um professor que pode recorrer a eles? 13. "Agora nós pereceremos no dia da ira, porque temos desobedecido a Deus. 14. Nós fomos para as profundezas do oceano, não encontramos água, nós cavamos seis côvados nos rios e não encontramos água." 15. Então o choro sem vergonha naquele dia, dizendo: "Ai de mim, porque meu tempo já passou, mas eu nunca poderia dizer: 16. ‘Meus anos têm sido estes’, meus dias desapareceram como poeira soprada pelo vento. Eis que vou morrer com você. " 17. Agora, executei-o no deserto, coloquei minhas mãos sobre os maus e matei-os. 18. Pegue os santos, pois eles darão frutos da terra, o sol vai brilhar para eles, sim, porque eles serão iguais à queda do orvalho sobre a terra. 19. Pecadores chorai, dizendo: "Fizeste-nos inimigos de Deus, se você pode levantar-se então perseguí-os! " 20. Em seguida, tomarão as asas de fogo, voarão em busca dos santos e lutarão novamente. 21. Os anjos ouvirão isto e virão para baixo e enfrentá-los-ão em uma batalha com muitas espadas. 22. Nesse dia, verão a grande ira para o céu e da terra provocar um incêndio. 23. O fogo dominando a terra em uma área de setenta e dois cotovelos. O fogo vai consumir os pecadores e demônios, como a palha. 24. Haverá um julgamento justo: 25. Nesse dia, as montanhas e a terra ouvirão a sua voz. Os caminhos estão entre eles: "você já ouviu algum barulho, hoje, de um pé humano, que não vem para o julgamento do filho de Deus? " 26. Os pecados de cada um se levantarão contra eles no lugar onde foram cometidos, perpetrados durante o dia e as tarefas da noite. 27. Aqueles que pertencem aos justos e os pertencentes aos santos, os pecadores terão a punição, tanto por aqueles que eram perseguidos, quanto por aqueles que foram assassinados. 28. Portanto, os pecadores verão a ascensão dos justos. 29. E assim não haverá graça naqueles dias, eu só peço que seja dada muitas vezes. 30. Naquele dia Jeová julgará o céu e a terra para aqueles que transgrediram no céu e também para aqueles que o fizeram na Terra. 31. Ao Juiz os pastores do povo perguntarão sobre as ovelhas e elas serão entregues sem obstáculos do mal e da mentira. 32. Elias e Enoque descerão e até mesmo deixarão de lado um corpo espiritual e terão carne mundana. 33. Perseguiram o Filho de iniqüidade e mataram-no sem que ele pudesse falar. Naquele dia ele vai derreter como gelo derretido antes deles por fogo. Morrerá como uma serpente para fora da respiração. 34. Eu digo: "Seu tempo acabou pois agora você vai morrer com aqueles que o apoiaram." 35. Eles serão lançados no abismo e este será fechado sobre eles. 36. Naquele dia o céu virá do Cristo Rei, com todos os santos; 37. queimar e consumir a terra por mil anos 38. Aniquilar pecadores, porque tinham tomado posse, em seguida, criar um novo céu e uma nova terra e não haverá ou diabo ou a morte. 39. Ele reinará com Seus santos, ascensão e queda, e será com os anjos para sempre, e como o Messias por mil anos.