quarta-feira, 3 de novembro de 2010

TODOS SÃO DIGNOS: NÃO GENERALISE POR GÊNEROS

Durante grande parte da História, as mulheres exerceram funções secundárias na sociedade. Atualmente, porém, inicia-se uma valorização significativa dos movimentos chamados “feministas”. Consequentemente observa-se, em linhas gerais, algo inédito e favorável no que se refere às reivindicações urgentes expostas em geral. Não obstante, a igualdade entre gêneros precisa ser construída com participação mutua tanto por parte de homens quanto de mulheres. Legislações visam acabar com maus tratos, mas, somente poder-se-á conseguir tal feito se, a priori, for indicado um modelo cabal de incentivo à atitude verdadeiramente livre referente aos direitos inerentes a toda e qualquer pessoa humana, independentemente do sexo. Para garantir cidadania no que tange à necessária reforma sócio-política, deverá ocorrer uma ampliação das perspectivas em relação à mulher e seu papel primordial.

Destacar o quesito Trabalho parece conveniente, visto que as condições de emprego e os salários pagos diferem quanto ao sexo do possível contratado. Além disso, é fácil notar um crescente estereótipo masculino referente aos atributos físicos femininos. Letras de músicas, declarações polêmicas proferidas por celebridades, aliadas à submissão voluntária vulgarizam as virtudes intelectuais ou mesmo morais das damas. As vítimas, por sua vez, sentem-se subjugadas a um círculo vicioso fora de controle. Avaliações simples são estabelecidas numa tentativa fútil de liquidar a problemática psíquica enraizada nas mentes do povo brasileiro como um todo, estas fortalecem em todos os aspectos as discriminações. Para promover conhecimento e aplicações de suas aptidões, o Governo Federal em parceria com estados e municípios incentiva a implantação de entidades voltadas diretamente ao público feminino: as Coordenadorias da Mulher, que, juntamente com outros órgãos competentes proporcionam oficinas, cursos de capacitação e atendimento especializado nos assuntos principais da Causa Feminina. Apesar da insuficiência, é por meio dessa ferramenta ampliada a oportunidade de ascensão profissional.

Existe uma segunda preocupação unânime: ocorrência de agressões físicas geradas constantemente por parentes pode ocasionar traumas. Violência doméstica causa morte de numerosas mulheres, exigindo punições severas para quem agride. De fato, o advento da Lei Maria da Penha vem somar forças unindo esforços decisivos em favor da justiça. Evidentemente, delegacias específicas para casos do tipo lesão corporal e demais crimes sérios merecem apoio no âmbito comunitário. As famílias não podem omitir os abusos cometidos por algum de seus membros. Viabilização de programas instrutivos infalivelmente solucionará parte enorme do problema.

Conforme as circunstâncias, a igualdade mostra ser utopia. Completando o quadro, nosso regime capitalista freia os movimentos de orientação feminista. Não obstante, os protestos demasiadamente beligerantes têm acabado sob a mira implacável dos críticos, preocupados em denegrir paulatinamente a liberação feminina. Igualmente, tendo acesso restrito ao funcionamento dos sistemas sociais insatisfatórios, algumas cidadãs nem sequer cogitam retomar marcha pela soberania de seus próprios corpos e mentes.

Exclusão caracteriza-se por inúmeras representações sociais dos seres “marginalizados”, ou seja, existem múltiplos fatores desencadeadores de procedimento contrário ao senso comum. Na prática, todos expõem seus anseios na execução de seus objetivos. Infelizmente, no caso das mulheres, há expropriação de decisões: o que se quer alcançar já está designado por outros. Contrárias a idéias assim dispostas, muitas sonhadoras sofrem às mãos dos seus inimigos. Parece desaconselhável apoiar movimentos libertários, uma vez que os mesmos são taxados de “subversivos”, odiosos à “ordem pública decente”. Admira ver quão difícil e árduo o embate pelo voto feminino, chama atenção verificar o quanto custou trabalho sucessivo independência por parte do “sexo frágil”.

Desafios surgirão no século XXI, impulsionando os humanos ao diferente. Doravante, seguirá o destino uma vereda indescritível, na qual se caminha confiante, aceitando destemidamente a novidade. Poderá estar para sempre em comunhão o Homo Sapiens junto à natureza e, mormente ao semelhante. Apresenta-se um tempo de renovação, no qual pessoas serão valorizadas por seus méritos e não por seu gênero. Resta-nos ficarmos preparados para penetrar na Revolução cor-de-rosa, aurora duma inovadora Era, onde todo empenho produtivo resultará em recíproca satisfação individual e coletiva.